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Dive/SC alerta para o aumento no número de casos de doenças diarreicas agudas no verão

Uma das medidas de prevenção é lavar frequentemente as mãos com água e sabão, especialmente após utilizar o sanitário e antes de se alimentar, preparar ou manipular alimentos (Crédito de foto: Reprodução)

Publicado em 07/01/2019

As altas temperaturas do verão chegam com o alerta para os casos de doenças diarreicas agudas, especialmente nas cidades litorâneas e turísticas do Estado. De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), os casos de diarreia tendem a crescer nesta época do ano em função do aumento do consumo de alimentos e bebidas contaminados, contato com água imprópria para banho e aumento na circulação de vírus, bactérias e parasitas que causam a doença. Em 2018, foram notificados 241 surtos de Síndrome Diarreica Aguda, sendo 39 de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) e 202 de Doenças Diarreicas Agudas (DDA).

As causas da doença estão relacionadas a diversos patógenos, entre eles o Rotavírus e Norovírus, as bactérias Escherichia coli (enteropatôgenicas), Salmonella e Shigella e os parasitas Cryptosporidium, Cyclospora e Giárdia. Em geral, eles são transmitidos devido ao preparo e acondicionamento incorreto de alimentos, ao consumo de bebidas (água, sucos, gelo) de procedência duvidosa e à ausência de cuidados com a higiene pessoal (lavagem das mãos), que facilitam a transmissão de patógenos causadores da diarreia. A principal manifestação da doença é o aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência, podendo ser acompanhadas de náusea, vômito, febre e dor abdominal. Em alguns casos, há presença de muco e sangue nas fezes.

A DIVE/SC salienta a importância dos cuidados durante o verão para evitar casos e surtos de diarreia. Segundo o médico infectologista da DIVE/SC Fábio Gaudenzi, caso sejam identificados sintomas da doença, a indicação é não se automedicar e procurar uma unidade de saúde mais próxima para tratamento adequado, bem como para que a vigilância epidemiológica possa iniciar uma investigação, com coleta de material biológico, para tentar identificar os possíveis alimentos e agentes causadores da diarreia.

Confira as medidas que devem ser tomadas para evitar os fatores de risco da doença diarreica aguda:

- Não consuma alimentos que estejam fora do prazo de validade estabelecido pelo fabricante, mesmo que sua aparência seja normal;

- Mesmo dentro do prazo de validade, não consuma alimentos que pareçam deteriorados, com aroma, cor ou sabor alterados;

- Não consuma alimentos em conserva cujas embalagens estejam estufadas ou amassadas;

- Evite comer carne crua e mal passada, qualquer que seja sua procedência;

- Só tome leite fervido ou pasteurizado;

- Embale adequadamente os alimentos antes de colocá-los na geladeira;

- Higienize frutas, legumes e verduras com solução de hipoclorito a 2,5% (diluir uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água por 15 minutos, lavando em água corrente em seguida para retirar resíduos);

- Lave os utensílios de cozinha, especialmente depois de ter lidado com alimentos crus;

- Lave frequentemente as mãos com água e sabão, especialmente após utilizar o sanitário e antes de se alimentar, preparar ou manipular alimentos;

- Lave e desinfete superfícies que tenham sido contaminadas com vômito e fezes de pessoas doentes, usando água e sabão e desinfecção com água sanitária.

Da redação