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Nova linha Sangre tem degustação online
Decanter e Vinícola Luigi Bosca promovem degustação internacional

Degustação online, uma nova opção de conhecimento. Fotos: HBN/Imagem da Ilha

Publicado em 27/08/2021

 

Em momentos de pandemia e crise, o importante é se reinventar, e a comunicação está aí para isso. Nesta quarta-feira, 25, por exemplo, a vinícola Luigi Bosca e a importadora Decanter seguiram a linha que vêm utilizando há algum tempo: a degustação de vinhos online. Pela Decanter, Adolar Hermann, fez as honras da casa e foi acompanhado por Alberto Arizu e Pablo Cúneo, da Luigi Bosca, diretamente de Mendonza, Argentina.

Com a participação de vários jornalistas, como Jorge Lucki, que escreve uma coluna sobre vinhos para o jornal Valor Econômico; Claudia Meneses, que escreve sobre enogastronomia para o jornal O Globo, e sommeliers como Cecília Audaz, do programa Um Brinde ao vinho; além de conhecidos enófilos; a tarde de ontem foi para conhecer e degustar os lançamentos da linha Sangre que, segundo Alberto Arizu, CEO da Luigi Bosca, são vinhos para momentos especiais, sejam estes grandes comemorações ou até um almoço em família. A linha tem este nome porque o avô de Alberto sempre separava uma parte do vinho elaborado, e o deixava identificado como "De Sangue", ou seja "De Sangre"

 

As garrafinhas de 200 ml cada chegaram antes do almoço e, às 16 h, estava tudo pronto para começar. Vinhos resfriados, abertos e decantados.

Porém, antes da degustação propriamente dita, Alberto Arizu fez um breve relato sobre os conceitos desta empresa fundada em 1901, pela primeira geração da família Arizu. Segundo Arizu, "a vinícola Luigi Bosca busca sempre por solos únicos, para o encontro entre a natureza e a mão humana. É um ato de cocriação que reflete o estilo da casa e a interpretação do enólogo. E a família Arizu carrega no sangue a tradição de se reunir em família para celebrar, e o fazem com vinhos que são testemunho da vida entre os vinhedos", ressaltou. 

Segundo ele, a linha Sangre é a essência da paixão que a Luigi Bosca cultiva há mais de 120 anos pela terra mendocina. Parcelas distintas que expressam seus diferentes perfis, como o respeito à pureza de cada variedade. O estilo da vinícola, realizado ao longo da sua história, e a interpretação artística do enólogo, unem-se para dar origem a uma linha de vinhos ímpares, fiéis à sua origem, baluartes de uma filosofia que transcende as mudanças do tempo. E ele segue: "o futuro da Luigi Bosca é um desafio, como o de todos. O presente é uma combinação de trabalho cotidiano, construção de novas ideias e visão voltada ao futuro. Assim é a Luigi Bosca, a maneira como é concebida pela família Arizu, e é assim que a história começa todos os dias, pois, aqui, o passado é sempre o prólogo".

Passada a linda introdução, seguimos na companhia do enólogo chefe da Vinícola, Pablo Cúneo, que fez as honras da casa na apresentação online dos vinhos da linha Sangre. Foram degustados 4 vinhos: 1 branco e 3 tintos. Por serem vinhos especiais, e com alto teor alcoólico, em média 14%, podem ser considerados extremamente gastronômicos.

Iniciamos com o SANGRE WHITE BLEND (2020), cujas uvas vêm de vinhedos localizados em Gualtallary, Tupungato, Valle de Uco, Mendoza. Essa assemblage é composta de 50% Chardonnay, 35% Sémillon, 15% Sauvignon Blanc. De cor clara, com reflexos dourados, este vinho apresenta uma bela complexidade aromática de pêssegos, maçã verde, flor de laranjeira com notas de baunilha e tostado. É cremoso na boca, sua untuosidade está bem equilibrada pela acidez fresca. Forma um conjunto delicado e elegante, longo final de boca, com 14% de teor alcoólico. Ele passa por 8 meses em barricas de carvalho (Chardonnay) e inox, tem potencial de guarda de até 10 anos, e foi degustado a 10°C.

Em seguida, passamos ao SANGRE MALBEC VALLE DO UCO (2018), produzido a partir de vinhedos localizados em Vila Seca e Paraje Altamira, Valle de Uco, Mendoza. Esse primeiro tinto da prova é 100% Malbec. De cor rubi profunda e reflexos violáceos, traz um profundo aroma de frutas negras como cereja e amora, além de especiarias e terra. Na boca, é compacto, com bom nervo e concentração de taninos finos, perfazendo um conjunto equilibrado. Seu teor alcoólico é de 14,7%. Ótima persistência. Passa 12 meses em barricas de carvalho e tem potencial de guarda para até 10 anos. Ideal que seja servido a 18°C, o vinho foi decantado meia hora antes de ser degustado.

O próximo, segundo o enólogo Pablo Cúneo, é uma das apostas da Luigi Bosca para o mercado americano, canadense e inglês. E este ano foram produzidas 120 mil garrafas. Estamos falando do SANGRE RED BLEND (2019) produzido a partir de vinhedos localizados em Las Compuertas e Agrelo, Lujan de Cuyo, Mendoza. Este corte é composto por 78% Cabernet Sauvignon, 12% Syrah, 10% Merlot. Com uma cor rubi profunda e brilhante, exibe amplo espectro aromático de frutas negras, pimenta, chá preto, defumado e baunilha. Na boca, um vinho encorpado, com taninos maduros e textura cremosa, balanceado e com acidez firme. Final complexo e persistente, o teor alcoólico é de 14,3%. Esteve por 14 meses em barricas de carvalho e tem potencial de guarda de 10 anos. Foi degustado a 18°C e decantado meia hora antes. 

E, para finalizar esta deliciosa tarde de descoberta dos vinhos da linha SANGRE, o CABERNET SAUVIGNON (2018), se revelou uma gratíssima surpresa para a terra conhecida por seus emblemáticos malbec. 

Esse varietal provém de Vinhedos localizados em Lujan de Cuyo e Valle de Uco, Mendoza. Um Luigi Bosca 100% Cabernet Sauvignon, de  cor rubi profunda, grande tipicidade no aroma, de frutas negras como cassis e amora, grafite, pimenta e notas de torrefação. Tem bom corpo, tenso, compacto, com excelente estrutura de taninos finos e maduros. Final elegante e persistente e tem 14,7% de teor alcoólico. Passa 12 meses em barricas de carvalho e tem potencial de guarda de 12 anos. Foi degustado a 18°C, decantado meia hora antes. 

Este Cabernet teve metade de sua produção (de 90.000 garrafas) destinada ao mercado interno, e outra metade destinada à exportação. Com ele, a Luigi Bosca nos apresenta sua estrela maior, com a expectativa que este vinho coloque a marca em outro patamar  internacional.

Esperamos que essas novidades despertem no leitor a curiosidade de conhecer a nova linha Luigi Bosca. Até a próxima! 


 

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Sobre o autor

Hermann Byron

Diretor geral do Imagem da Ilha, e um dos colunista de gastronomia do jornal.


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