A metáfora do sicômoro, por Luzia Almeida
Uma reflexão sobre encontros transformadores com Jesus e como eles continuam a redefinir vidas até hoje

“Entrando em Jericó, atravessava Jesus a cidade. Eis que um homem, chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico, procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura. Então, correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar”, (Lucas 19.1-4).
Não é sobre o apóstolo Pedro, ou sobre o apóstolo João, não é sobre qualquer um dos apóstolos ou dos discípulos, não é sobre ninguém além de Cristo que Zaqueu tinha ouvido falar. Cristo! E Zaqueu quis vê-lo, e por quê? Por que será que Zaqueu quis ver o Senhor? Perguntas importantes movem o planeta.
Zaqueu, como nós, era alguém que havia feito coisas erradas e um encontro com Cristo poderia mudar sua vida. Encontramos pessoas, ouvimos pessoas e nossas vidas permanecem anêmicas e apáticas. Assim eram os encontros de Zaqueu; da mesma maneira eram os encontros da mulher samaritana, até que ela encontrou o Senhor: “Então lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?” (João 4.9). Ela havia subido no sicômoro e nem sabia. O Senhor disse-lhe: “Vai, chama teu marido e vem cá.” (João 4.16). Assim como Zaqueu, a mulher samaritana também estava atrapalhada com números. Todavia, ele “se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais”, (Lucas 19.8).
Os números da mulher samaritana também diziam sobre seu comportamento: “Ao que respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade”, (João 4.17,18). Cinco maridos! E o Senhor estava cansado, era meio dia, os discípulos não estavam por perto (foram comprar alimentos) e Ele tratava da natureza humana dos números humanos. O número cinco estalava no coração dela, mas havia compaixão da parte do Senhor: “Se conheceras o dom de Deus [...] tu lhe pedirias, e ele te daria água viva”. E, com certeza, em vista destas palavras o coração da mulher se aqueceu, mas será que ele é o Cristo, ela pensou. Depois disse: “Eu sei, [...] que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas. Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo contigo”. (João 4.25,26). E Cristo fala com uma mulher samaritana e ceia na casa de um publicano. Ele não veio para os sãos, veio para os doentes, os pecadores. O Cristo de Deus esteve andando pelo planeta que Ele mesmo criou e via suas criaturas com infinito amor:
“Caminhando Jesus viu um homem cego de nascença” (João 9.1). Basta só um olhar dele e toda a história de um homem vira passado: o tempo da cegueira e o tempo da luz: é Jesus o determinante desta marca: “Uma coisa eu sei, eu era cego e agora vejo. Perceberam o verbo no passado “era”. Nunca mais as trevas o acometeram, nem a curiosidade de ver um passarinho. Os pássaros estão por toda a parte e cantam na sua inocência. O passado de Zaqueu, da mulher samaritana e do ex-cego de nascença legitimam Cristo como aquele anunciado em Isaías. O Emanuel. O Leão da tribo de Judá, “que venceu e o livro abrirá”.
Não sabemos o nome da mulher samaritana, no entanto ele consta no Livro Bendito, bem como todos os nomes daqueles que creram e glorificaram ao Senhor Jesus.
Zaqueu, porque subiu num sicômoro, pode ouvir a voz do Senhor.
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Sobre o autor

Luzia Almeida
Luzia Almeida é professora, escritora e mestra em Comunicação
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