Ópera Curta lota teatros e provoca reflexão
Sucesso de público e crítica, espetáculo questiona a relação entre tecnologia e conexões humanas
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Após sete apresentações em seis cidades catarinenses, o projeto Curta! Ópera Curta encerrou sua turnê no último fim de semana, com casas lotadas em Florianópolis e em Blumenau, e levantando uma questão cada vez mais presente no cotidiano: até que ponto o uso do celular interfere nas relações interpessoais?
Com uma abordagem descontraída, figurinos, iluminação e cenário, o projeto levou ao palco duas óperas de curta duração: O Telefone, de Gian Carlo Menotti, e O Segredo de Susanna, de Ermanno Wolf-Ferrari. A primeira, adaptada para os dias atuais, apresenta um dilema moderno: Ben quer pedir sua amada Lucy em casamento, mas ela não desgruda do celular. A solução inusitada do protagonista – fazer o pedido por vídeo chamada – provocou risadas e reflexões na plateia. Já a segunda obra narra o segredo de Susanna, que esconde de seu marido um vício inusitado: o cigarro.
Com o objetivo de democratizar o acesso à cultura, as apresentações passaram por Joaçaba, Jaraguá do Sul, Joinville, Criciúma, Florianópolis e Blumenau, com ingressos gratuitos ou a preços populares, ampliando o contato do público com a ópera e fortalecendo o cenário artístico e cultural do Estado. Além disso, o projeto teve um forte viés social: O Telefone foi levado a escolas públicas, e o ensaio final, no Teatro do CIC, em Florianópolis, foi aberto para estudantes de projetos sociais, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e escolas públicas da região.
Nas apresentações em Florianópolis e Blumenau, o espetáculo contou com a participação da Camerata Florianópolis, sob a regência do maestro Jeferson Della Rocca. As sessões com grande público comprovaram o sucesso da iniciativa e o impacto positivo da fusão entre ópera e música orquestral.
A soprano Carla Domingues, proponente do projeto, assinou a direção artística e também integrou o elenco juntamente com o barítono argentino Leonardo Estévez e o ator Pablo Assi. A coordenação geral foi de Maria Elita Pereira, a produção de Anne Santilli, a direção cênica e concepção do cenário por Flávio Leite e o figurino foi criação de José Alfredo Beirão. As sete primeiras apresentações foram realizadas com o pianista Vitor Philomeno, que depois integrou a orquestra nas récitas em Florianópolis e Blumenau.
Da redação
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