Nova Unidade de Conservação garante futuro da Ilha do Campeche
Medida fortalece proteção ambiental e cultural de um dos principais cartões-postais de Florianópolis

A Ilha do Campeche acaba de ganhar uma nova ferramenta de proteção ambiental e cultural. A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), oficializou a criação do Monumento Natural Municipal da Ilha do Campeche (MONA), uma Unidade de Conservação Municipal com 62,5 hectares. A gestão técnica, administrativa e operacional será coordenada pela própria Floram.
Patrimônio histórico e cultural protegido
Considerada um dos maiores tesouros naturais de Florianópolis, a ilha foi tombada integralmente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2000, por concentrar o maior número de oficinas líticas e gravuras rupestres do litoral brasileiro. A criação do MONA fortalece a proteção desse patrimônio arqueológico e paisagístico, ampliando as ações de preservação para as futuras gerações.
Turismo de base comunitária e visitação ordenada
Um dos pilares da nova Unidade é o incentivo ao turismo de base comunitária, com regras claras para evitar a degradação ambiental provocada pelo turismo de massa, pela pesca industrial e pelo transporte marítimo irregular. Até que o Plano de Manejo seja aprovado, a visitação será limitada a 770 pessoas por dia, podendo chegar a 800 no período de dezembro a abril.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Alexandre Waltrick, o Plano de Manejo deve ser concluído até o início do próximo ano, ainda na temporada de verão. O documento, que tem prazo legal de até dois anos para aprovação pelo Conselho Consultivo da Unidade, definirá as diretrizes para uso público, conservação e reavaliação da capacidade de carga da ilha, em parceria com o IPHAN.
Monitoramento e participação social
O MONA também prevê ações de fiscalização reforçadas para coibir crimes ambientais e atividades irregulares, além da criação de corredores ecológicos e áreas de amortecimento no entorno marítimo. Outro ponto importante é a formação de um conselho consultivo paritário, com representantes do poder público e da sociedade civil, garantindo participação social na gestão da ilha — especialmente das comunidades tradicionais que mantêm vínculo histórico com o local.
Para aprimorar a experiência dos visitantes, está previsto um programa de condução monitorada em trilhas terrestres e subaquáticas, com equipes credenciadas e supervisionadas pela Floram e pelo IPHAN.
Preservação para o futuro
Waltrick destaca que a medida representa um marco para a capital catarinense. “A Ilha do Campeche é um patrimônio único do Brasil. Com o MONA, conseguimos conciliar preservação ambiental, valorização cultural e uso sustentável, garantindo qualidade de vida para as comunidades do entorno e fortalecendo o turismo responsável”, afirmou.
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Da redação
Fonte: PMF
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