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Micro lixo expõe rotina de descuido na Beira-Mar Norte
Comparação com ações anteriores mostra mudanças nos resíduos descartados e avanço em políticas públicas
Para marcar o início da Semana do Meio Ambiente 2025, a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) organizou uma ação de coleta de resíduos sólidos na orla da Beira-Mar Norte, em Florianópolis. A iniciativa contou com o apoio da 63ª Brigada de Infantaria do Exército Brasileiro e reuniu 23 participantes em um trecho de 200 metros, no Centro da cidade, na manhã de segunda-feira (2). Em aproximadamente 50 minutos, o grupo percorreu o espaço recolhendo diversos tipos de lixo.
A ação está alinhada ao tema proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU) para este ano: o combate à poluição plástica. A proposta é incentivar atitudes sustentáveis e ações coletivas que enfrentem um dos principais desafios ambientais da atualidade. “É essencial promover essa conscientização. Ao verem essa atividade, as pessoas são levadas a refletir. Mesmo sendo uma ação da prefeitura, cada um deve assumir sua responsabilidade. Vemos muito micro lixo que não chega ao chão por acaso,” ressalta Maria Aparecida de Sá, educadora ambiental.
Durante a coleta, os resíduos mais frequentes foram bitucas de cigarro, embalagens plásticas e isopor. A comparação com ações anteriores evidencia uma mudança no perfil do descarte irregular: neste ano, foram recolhidas 3.119 bitucas de cigarro — quase o dobro em relação às 1.768 registradas anteriormente. Já o volume de plástico caiu de 1.756 para 1.005 itens. Em contrapartida, o número de resíduos de isopor subiu de 268 para 401.
Um dado que chama atenção é a significativa redução na quantidade de vidro descartado na orla: foram apenas 37 unidades em 2025, frente às 304 coletadas em 2019. Para o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Alexandre Waltrick, essa queda está diretamente relacionada à ampliação dos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) na cidade. “Esses pontos têm facilitado muito o descarte correto. Nosso trabalho é contínuo, e seguimos fortalecendo as estratégias de coleta. Acreditamos que mudanças simples nos hábitos individuais podem gerar impactos positivos e duradouros para o meio ambiente,” afirma.
Da redação
Fonte: PMF
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