Instituto História Viva valoriza trajetórias dos idosos

Formação de 14 voluntários capacita novas ações de solidariedade

O Instituto História Viva concluiu a formação da primeira turma de voluntários em Florianópolis, iniciada em junho deste ano e que teve duração de três meses. Foram 14 novos participantes capacitados, que já iniciaram suas atividades levando alegria e afeto por meio da contação de histórias em lares de idosos, hospitais e educandários da Grande Florianópolis.

Método de trabalho e impacto emocional

Ao final do processo de formação, o grupo realizou 15 apresentações em diferentes espaços da cidade, sempre valorizando a escuta ativa dos idosos. O método consiste em ouvir histórias reais, transformá-las em narrativas encantadas e devolvê-las em forma de contação, muitas vezes acompanhadas de desenhos feitos por crianças.

Segundo Roseli Bassi, fundadora do Instituto História Viva, essa troca cria um elo profundo com os idosos. “As experiências vivenciadas nos lares Irmão Joaquim, São Francisco e Emaús ficarão gravadas na emoção dos idosos que tiveram suas histórias narradas. A cada expressão e sorriso, cada voluntário sentiu o quão valiosa é a contação de histórias, porque temos a missão de valorizar os idosos que muito contribuíram em suas jornadas”, destacou.

Relatos de transformação nos lares

O impacto das apresentações pôde ser sentido nos lares visitados. No Lar São Francisco, localizado no Ribeirão da Ilha, a assistente administrativa Priscila Machado emocionou-se ao relatar a experiência. “Foi um trabalho incrível, trazendo memórias afetivas e um trabalho de observação e muita interação. Hoje, ao chegar no lar, consegui ver alegria no rostinho deles, todos mostrando os desenhos que as crianças recriaram”.

Na Casa Lar Emaús, o clima também foi de encantamento. O diretor Fabio Sebastião de Almeida contou sobre a vivência. “Os meninos acolhidos pela instituição e as cuidadoras ficaram encantados com a apresentação. Adoraram interagir com a equipe da contação de histórias. A casa ficou em total harmonia e paz após terem tido a rica oportunidade de assistir e participar da apresentação. Eles nos disseram que gostaram muito e vocês trouxeram uma experiência única. Além disso, todos os diretores da casa lar ficaram muito felizes com a vinda do projeto”.

Já no Asilo Irmão Joaquim, a assistente social Sandy Póvoas destacou a transformação do ambiente após a visita. “A apresentação foi muito positiva e envolvente. Os contadores conseguiram prender a atenção dos idosos, despertando curiosidade, sorrisos e lembranças. O clima foi leve, acolhedor e cheio de sensibilidade. O ambiente se transformou em um espaço mais alegre e descontraído. Muitos idosos demonstraram entusiasmo, reviveram memórias a partir das histórias e expressaram gratidão pela experiência. Foi emocionante perceber a felicidade estampada em cada olhar, principalmente pelo fato de terem suas próprias histórias valorizadas e contadas. Eles se sentiram especiais, importantes e profundamente reconhecidos”.

Continuidade do projeto e próximos passos

Esses relatos evidenciam a força e a sensibilidade da contação de histórias, que não apenas entretém, mas valoriza trajetórias de vida e resgata lembranças significativas. Idealizado pelo Instituto História Viva, com realização do Ministério da Cultura e Governo Federal, o projeto tem como objetivo preservar memórias e experiências das pessoas idosas, transformando-as em enredos poéticos e afetivos.

Agora, os novos voluntários seguem com apresentações em lares, hospitais e instituições da Grande Florianópolis. Os espaços interessados podem entrar em contato pelo e-mail voluntario@historiaviva.org.br.

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Da redação

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