Congresso discute futuro ético da ciência e da vida
Evento na UFSC marca 20 anos da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, documento que ampliou o alcance global da ética científica
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) será palco de um dos mais importantes eventos internacionais de bioética e direitos humanos deste ano, ao sediar, entre 5 e 7 de novembro, o X Congresso Internacional da Redbioética Unesco.
O evento, inédito em Santa Catarina e organizado pela Cátedra Unesco de Bioética e Saúde Coletiva, marca as duas décadas de existência da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos (DUBDH), documento fundamental aprovado por unanimidade pelos 191 Estados-membros da Unesco em 2005, durante sua 33ª Assembleia Geral.
O congresso propõe-se como espaço de diálogo e intercâmbio numa área cada vez mais estratégica para a saúde pública, a ciência e os direitos sociais, reunindo autoridades, especialistas e sociedade civil para debater os desafios contemporâneos da bioética global sob a ótica da justiça social, da dignidade humana e da democracia.
Serão três dias de atividades intensas, com múltiplas mesas, conferências, transmissões online e cobertura aberta à imprensa, reafirmando o compromisso da Redbioética Unesco de democratizar o conhecimento e ampliar o acesso à informação científica e ética.
Ao expandir o alcance tradicional da bioética para além das questões biomédicas, a DUBDH consolidou princípios que hoje servem de referência para políticas de proteção à saúde, legislação e normas internacionais.
Entre os principais pontos elencados pela declaração estão o respeito à dignidade e aos direitos humanos, a proteção das gerações futuras quanto aos impactos das ciências da vida e o compromisso com a preservação do meio ambiente, da biodiversidade e da biosfera.
A escolha da UFSC como sede do evento destaca o protagonismo da instituição no campo da educação, da pesquisa e do diálogo interdisciplinar sobre temas sensíveis à sociedade.
Segundo a comissão organizadora, a bioética é um campo que não pode se limitar aos muros acadêmicos ou institucionais. “É uma área que pressupõe o envolvimento do conjunto da sociedade para promover aprendizagem mútua e construções coletivas de alternativas éticas, essenciais para um futuro mais justo, inclusivo e solidário”, enfatiza Fernando Hellmann, coordenador da Cátedra Unesco de Bioética e Saúde Coletiva e presidente da comissão.
O evento terá formato híbrido, com atividades presenciais no Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo e transmissão online gratuita, garantindo que pesquisadores, estudantes, gestores, jornalistas e público geral de diferentes regiões possam acompanhar as discussões em tempo real.
A programação inclui mais de 20 mesas e conferências, trazendo à capital catarinense nomes de referência internacional para debates que englobam desde as novas fronteiras da ciência, da tecnologia e da inteligência artificial até questões sociais de extrema relevância, como racismo, eutanásia, aborto, ética na crise da biodiversidade e impactos político-tecnológicos da era digital.
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Da redação
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