Imagem da Ilha

Todos os anos, em outubro, somos lembrados da importância da conscientização sobre o câncer de mama. Nos rodeamos de laços cor-de-rosa e usamos camisetas inspiradoras, mas será que estamos fazendo o suficiente?

Uma das minhas melhores amigas teve câncer de mama há pouco tempo. Fez cirurgia, retirou as duas mamas, passou por sessões de quimio e radioterapia e, mesmo curada, segue em tratamento com uma série de restrições e medicamentos. Assim que ela teve a notícia e nos contou, foi um choque. Por mais que se ouça falar, a gente não espera que aconteça com alguém tão próximo.

Outro choque, dessa vez positivo, foi ver que, na mesma cirurgia de retirada das mamas, ela já fez a reconstrução. Felizmente, é uma mulher que tem condições de usufruir do melhor tratamento possível. Mas o mais incrível nesse caso, além da cura, é que ela só descobriu o câncer por insistência do namorado, que percebeu um nódulo onde os exames não mostravam.

Ou seja: é preciso prestar atenção e disseminar informação. E a comunicação desempenha um papel crucial para realmente educar e mobilizar as pessoas sobre a importância da detecção precoce e do tratamento. Além de trocar o avatar das redes sociais para a cor rosa, fazer camisetas e brindes alusivos ao tema, podemos sensibilizar de outras formas: contando histórias verdadeiras, oferecendo serviços, promovendo visitas e oferecendo informação útil, principalmente sobre serviços gratuitos disponíveis para prevenção e tratamento.

Essa imagem vale mais que mil laços cor de rosa: Giselle Farias. Ela não é a amiga da minha história, mas é uma inspiração para a prevenção e o tratamento do câncer de mama (Foto: Cristiano Andujar)

As organizações podem ir além da simbologia e realmente engajar seus colaboradores na causa. A cada ano, embora os casos de câncer aumentem, as ações de prevenção também crescem. Em Santa Catarina, mais de 90 mil mulheres realizaram o exame somente em 2023. Esse é um dos dados que o Governo de SC divulgou essa semana, junto com serviços importantes como a lista dos hospitais credenciados para a reconstrução de mamas. Clique AQUI para acessar.

Mama Rosa

A Udesc também tem um programa interessante para mulheres em tratamento e pós tratamento do Câncer de Mama, um grupo de dança (Mama Rosa): terça e quinta-feira, das 13h às 14h, no Ginásio 3 da Udesc Cefid. Aberto à comunidade com inscrições no local.

Esses são apenas alguns dos serviços gratuitos e por vezes desconhecidos que temos à disposição. Se você souber de outras ações, por favor coloque nos comentários. Vamos usar a comunicação para transformar a consciência em ação. Que as organizações incentivem seus colaboradores não apenas a vestir rosa, mas a buscar informações, realizar exames preventivos e valorizar a vida.

Texto escrito por Aline Cabral

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