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Híbridos leves de até 48V não são mais eletrificados
ABVE diz ser “imperioso separar quais veículos contribuem efetivamente com a eletromobilidade e quais não contribuem tanto”

A ABVE ajustou suas classificações de veículos eletrificados, impactando os SUVs da Fiat. (Foto: Divulgação)

Publicado em 15/02/2025

Os recém lançados Fiat Pulse e Fastback Bio Hybrid não são veículos eletrificados, segundo novo critério adotado pela ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico. Na segunda-feira, 10, a entidade afirmou que “ajustou seu critério de classificação para apresentar números mais fiéis à realidade da eletromobilidade no Brasil”.

Desde janeiro, a ABVE  passou a considerar eletrificado somente, além dos elétricos puros, veículos híbridos plug-in e os híbridos fechados com tração elétrica independente em algum grau.

Tecnologias que não disponham de motorização elétrica acima de 60V e não tenham tração elétrica capaz de movimentar sozinho o veículo por algum período estarão fora das estatísticas d e híbridos da ABVE Data, área da entidade responsável pelo levantamento e análises dos números do setor.

No mercado desde outubro, os nacionais Pulse e Fastback, que já colocaram em janeiro a Fiat como segunda marca em vendas de híbridos, de acordo com a Fenabrave, são considerados pela entidade veículos MHEV, micro-híbridos ou híbridos leves.

O motor elétrico de apenas 3 kW ou 4 cavalos dos SUVs não traciona as rodas sozinho, mas ajuda o motor a combustão na partida ou em deslocamentos em subidas em marchas e velocidades mais baixas.

Sem citar os produtos da marca italiana, por enquanto os únicos nacionais com a tecnologia que passa a não ser considerada, a ABVE diz que “a chegada ao mercado dos novos veículos híbridos MHEV de 12V, a partir de outubro de 2024, pode gerar uma distorção dos dados sobre o crescimento real da venda de veículos eletrificados no Brasil.

“Fizemos essa atualização para deixar mais claro ao consumidor e ao mercado quais veículos podem efetivamente ser considerados eletrificados. Tornou-se imperioso separar rigorosamente quais contribuem efetivamente com a eletromobilidade e quais não contribuem tanto”, disse Ricardo Bastos, presidente da ABVE.

O dirigente lembra que os micro híbridos de 12V a 48V representavam parcela pouca expressiva das vendas até 2024 e que podem aumentar significativamente sua participação nos próximos anos, substituindo os similares a combustão.

“Consideramos importante aprimorar a metodologia de classificação para dar uma informação mais fiel à realidade da eletromobilidade, interesse tanto do consumidor, quanto do mercado, governos e da sociedade em geral.”

A ABVE argumenta que a mudança de classificação foi precedida de análise da literatura internacional e das normas nacionais aplicáveis. Consultada por AutoIndústria, a Stellantis não se manifestou.

Em janeiro, segundo a Fenabrave, foram licenciados 16,3 mil veículos eletrificados no mercado interno. Quase 12,7 mil eram híbridos e 3,7 mil elétricos movidos exclusivamente a bateria.

A Fiat apareceu pela primeira vez à frente da GWM como a segunda marca que mais vendeu híbridos. Foram cerca de 2,9 mil emplacamentos dos SUVs fabricados em Betim, MG, número agora não considerado pela ABVE, que contabilizou 12,6 mil  eletrificados emplacados em janeiro.

A ABVE prefere informar que os elétricos puros e híbridos plug-in representaram 83% do total, 10,4 mil unidades, enquanto os híbridos HEV somaram 2,2 mil (17%)  — ou menos do que os 2,9 mil que Fiat conseguiu com Pulse e Fastback Bio Hybrid. Foram vendidos ainda 1,1 mil veículos MHEV de 48V, aponta a ABVE.

 

 

 

Da redação

Fonte: AutoIndústria

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