Sustentabilidade redefine os caminhos da arquitetura
Profissionais unem estética, durabilidade e baixo impacto ambiental na arquitetura

Na CASACOR SC | Itapema 2025, profissionais como Casa Nord, Samira Mussi, Leonardo Simões, Matheus Xavier e Ketlin Bueno demonstram que a escolha dos materiais vai muito além da estética, envolvendo critérios como origem renovável, desempenho, durabilidade e impacto ambiental reduzido. Madeiras de reflorestamento como o Kiri Japonês e o Cedro Australiano, revestimentos reciclados à base de poliestireno, forros de PVC com alta eficiência e pedras naturais com mínima intervenção industrial são exemplos de como a arquitetura pode aliar inovação e responsabilidade. Cada detalhe foi pensado para unir beleza, funcionalidade e consciência ambiental, o que representa uma resposta concreta aos desafios contemporâneos da construção civil.
Suíte Alma - Casa Nord
Casa Nord Arquitetos - Suíte Alma - Foto/Lio Simas
Na Suíte Alma, as profissionais da Casa Nord afirmam que cada escolha de material reflete um compromisso profundo com a sustentabilidade e a beleza que nasce do respeito à natureza. “Desenvolvemos os móveis em madeira Kiri Japonês, uma espécie de reflorestamento que une leveza e resistência a um ciclo de vida inteligente: seu crescimento acelerado e a capacidade de rebrotar após o corte garantem um manejo contínuo e consciente. Suas raízes profundas oxigenam o solo, e suas folhas nutritivas adubam a terra, tornando o Kiri não apenas uma madeira, mas um verdadeiro agente de regeneração ambiental.”
“Complementamos com o uso do cedro australiano, cultivado em reflorestamentos manejados com responsabilidade. Essa madeira, de crescimento relativamente rápido e origem controlada, traz durabilidade e qualidade ao projeto, reafirmando nossa busca por materiais que respeitam o meio ambiente e promovem a recuperação de áreas degradadas.”
“No piso, adotamos um revestimento feito de pedras naturais com resinas, uma combinação que valoriza os recursos já disponíveis na natureza e minimiza processos agressivos de extração. Essa solução ecológica alia resistência, estética e baixo impacto ambiental, reforçando a sustentabilidade presente em cada detalhe do espaço. Assim, nosso projeto traduz, em cada escolha, uma arquitetura que abraça o futuro, harmonizando beleza, funcionalidade e responsabilidade ambiental.”
Samira Mussi - Sala Cinema dos Sonhos e Hall e Bilheteria Luz dos Sonhos
Hall e Bilheteria Luz dos Sonhos - Samira Mussi Arquitetura - Foto/ Lio Simas
Para o Hall e Bilheteria Luz dos Sonhos, Samira Mussi escolheu o revestimento Duna Ártico. Com suas ondulações suaves, ele evoca as formas esculpidas pelo vento — trazendo leveza, textura e movimento ao ambiente. Um toque de natureza que se revela em silêncio, mas transforma tudo ao redor. Feito de poliestireno reciclado, o Duna une beleza, sustentabilidade e durabilidade. Um material que abraça o conceito do projeto e reforça sua intenção: provocar presença, fluidez e encantamento.
Samira Mussi Arquitetura - Sala Cinema dos Sonhos - Foto/Lio Simas
A escolha sustentável de Samira Mussi para a Sala Cinema dos Sonhos foi feita para despertar emoções. Ela utilizou o Painel Waves na cor fendi, que trouxe fluidez e movimento para a composição, criando ritmo e aconchego com suas curvas delicadas. Além da estética, o painel é feito de poliestireno reciclado, resistente à água e imune a pragas, perfeito para ambientes internos que pedem beleza e durabilidade.
Leonardo Simões
Leonardo Simões Arquitetura - Studio Olhar Mediterraneo - Foto/Lio Simas
Dentro da proposta da loja conceito para a ótica do Gustavo Eyewear na CASACOR Itapema 2025, a sustentabilidade se une à estética contemporânea para compor uma experiência sensorial e acolhedora. O projeto, com foco na arquitetura mediterrânea e no uso consciente dos materiais, incorpora o teto em PVC no acabamento Origens Nude como elemento fundamental na construção de uma atmosfera leve, elegante e responsável.
Com tonalidade suave e textura que remete à natureza, trazendo aconchego visual e reforçando a proposta do espaço: um ambiente que valoriza o essencial, respeita os recursos e convida à contemplação. O forro em PVC foi escolhido não apenas por sua beleza, mas também por seu desempenho técnico — é durável, resistente à umidade, fácil de instalar e fabricado a partir de materiais recicláveis, o que contribui para a redução do impacto ambiental da obra. Mais do que um revestimento, o teto em PVC representa uma escolha consciente — uma decisão projetual que traduz os novos caminhos da arquitetura: mais integrados, mais responsáveis e profundamente conectados com o futuro.
Matheus Xavier - Território de Encontros
Matheus Xavier - Território de Encontros - Espaço Gourmet - Foto/Lio Simas
O ambiente Território de Encontros, assinado por Matheus Xavier, propõe uma reflexão ampliada sobre o conceito de sustentabilidade. “O tema deste ano, Semear Sonhos, nos provoca a ir além da escolha consciente de materiais recicláveis ou da eficiência energética — práticas que, para mim, já deveriam ser o mínimo esperado dentro da arquitetura contemporânea. Meu olhar para a sustentabilidade neste projeto parte também de um campo mais subjetivo e essencial: o afeto.”
“Acreditar em uma arquitetura com alma, que promova conexões reais entre as pessoas e os espaços, é uma forma de cuidar não só do planeta, mas também das relações humanas que habitam esses lugares. Assim nasce a ideia de sustentabilidade afetiva: criar ambientes com propósito, que acolhem, que têm memória, que permanecem. Nesse sentido, o projeto traz elementos atemporais que resistem às tendências passageiras. Um exemplo são as frentes almofadadas da marcenaria, que remetem à cozinha da minha avó e seguem atuais até hoje. Esses detalhes, que sobrevivem às décadas sem perder valor ou beleza, traduzem um tipo de sustentabilidade que evita o descarte e prolonga a vida útil dos espaços.”
“A verdadeira inovação, acredito, está em criar espaços que não precisem ser substituídos com o tempo — porque continuam fazendo sentido, esteticamente e emocionalmente. E essa é, para mim, a forma mais honesta de pensar sustentabilidade hoje: criar com verdade, com cuidado e com afeto.”
“No fim das contas, a melhor forma de ser sustentável é não criar novos resíduos. Ser sustentável não é trocar um material que ainda está bom apenas por não estar mais na moda. É justamente nem trocá-lo. É projetar com consciência, como arquiteto, espaços que resistem ao tempo e podem atravessar gerações com beleza, função e significado.”
Ketlin Bueno - Living Alquimida do Contraste
Ketlin Bueno - Living Alquimia do Contraste - Foto/Lio Simas
Para a designer de interiores Ketlin Bueno, um projeto atemporal é, por natureza, sustentável. “Ao evitar modismos, reduzimos a necessidade de substituições constantes, o que diminui o consumo de recursos naturais e a geração de resíduos. Investir em qualidade e durabilidade é também uma forma de respeitar o meio ambiente”, afirma. Sua escolha para falar em sustentabilidade é a pedra Órbita Zafir, que nasce da essência bruta da pedra natural. Produzida com menor interferência industrial, aproveita cortes naturais com o mínimo de descarte. Tem alta durabilidade, ou seja, menos substituição, menos resíduo. Com a Órbita Zafir, o projeto ganha alma, textura e propósito. Porque a sofisticação de verdade também respeita o planeta”, diz Ketlin.
Da redação
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