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Juliana Stringhini apresenta exposição Transborda no MESC, em Florianópolis

Sem máscaras e sem barreiras, artista captou para a mostra fotográfica momentos de transparência sentimental de desconhecidos (Foto: Divulgação)

Publicado em 18/07/2018

A profundidade verdadeira da natureza humana foi o que levou a fotógrafa Juliana Stringhini a mergulhar nos sentimentos de desconhecidos, abordados em ruas e praças de cidades brasileiras e da América Latina. A revelação desta viagem interior resultou na exposição Transborda que, depois de estrear em Joinville, chega ao Museu da Escola Catarinense (MESC), em Florianópolis, no dia 04 de agosto e fica em cartaz até 30 de agosto.“Sempre me interessei em ver e tentar revelar, através de uma imagem ou vídeo, esses momentos mais humanos e verdadeiros que todos vivenciamos. Acredito que, no momento de transbordamento, somos mais crus, estamos mais vivos e presentes. E poder captar isso no outro e ser testemunha desse processo foi muito interessante”, revela a artista, que registrou mais de 400 histórias em dois anos de processo de criação.

Sem máscaras ou filtros, habituais em tempos de exposição midiática pessoal, cada um de seus personagens revelou-se a partir de uma aproximação espontânea e natural. Inicialmente, foram indicações, mas depois Juliana foi às ruas para convidar as pessoas. “Eu sou bem aberta para abordar as pessoas e acho que elas sentem essa confiança. E durante o processo, era uma condução muito delicada. Ir abrindo portas e trocando com as pessoas para que elas revivessem, de alguma maneira, esses momentos de transbordamento que marcaram suas vidas. Houveram todos os tipos de histórias, das mais tristes às mais felizes. Mas é muito bonito ver as pessoas se abrirem e confiarem em você a esse ponto”, comenta.

Nas fotos e vídeos, histórias sobre amor, ódio, arte, família, morte. Além do resultado da exposição, a experiência deste compartilhamento de sentimentos foi intensa - muitas vezes, no final de cada dia, marcada pela exaustão emocional da fotógrafa. Para a artista, esta troca a levou a se questionar sobre seu próprio transbordamento, saindo da obviedade escondida das relações superficiais.“Era como vislumbrar o que somos de verdade, em nossa crueza como seres humanos, sem máscaras, sem pensamentos, sem barreiras”.

Juliana, que também está no time de artistas da exposição Desterro Desaterro para celebrar os 70 anos do MASC (Museu de Arte de Santa Catarina), começou muito cedo a se interessar por fotografia, tanto que não carrega na memória quando ganhou a primeira câmera. Mais tarde, nos Estados Unidos, graduou-se em comunicação audiovisual na International Fine Arts College, em Miami, atuou como produtora musical e assistente do fotógrafo Nick Garcia. Integra ateliês livres e faz acompanhamento de projetos com o artista e curador Scott Macleay.

SERVIÇO:

O quê: Exposição Transborda, de Juliana Stringhini
Quando: 04 de agosto a 30 de agosto
Horário: de segunda a sexta das 13h às 19h
sábado: 10h às 16h
domingo: fechado
Onde: Museu da Escola Catarinense - MESC (Rua Saldanha Marinho, 196 - Centro, Florianópolis)
Quanto: gratuita

Da redação