FIESC vê diálogo Lula-Trump como passo positivo
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) avaliou como um passo positivo a recente conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump sobre as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Para a entidade, é essencial que as negociações avancem em um ambiente técnico, equilibrado e pautado em soluções que mantenham a competitividade da indústria nacional.
Alckmin como interlocutor técnico
A escolha do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para conduzir conversas com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, é vista pela FIESC como um movimento estratégico. A entidade acredita que o diálogo orientado por argumentos econômicos, setoriais e técnicos — e não por visões ideológicas — aumenta a probabilidade de resultados concretos.
“O caminho para superar o impasse é manter um diálogo qualificado, com serenidade e foco em soluções efetivas. As negociações precisam avançar com base em critérios técnicos, como sempre defendemos”, destaca Gilberto Seleme, presidente da FIESC.
Impactos das tarifas sobre a indústria catarinense
Desde a aplicação da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, a Federação monitora os efeitos econômicos no estado. Dados recentes indicam queda de empregos em setores estratégicos, principalmente na indústria de madeira e móveis.
Um estudo da FIESC projeta que, em um cenário de retração de 30% nas exportações para os EUA ao longo de 1 a 2 anos, o PIB de Santa Catarina poderia recuar R$ 1,2 bilhão. Entre os efeitos previstos estão a perda de aproximadamente 20 mil postos de trabalho e R$ 171,9 milhões na arrecadação do ICMS.
Iniciativa desTarifaço
Para reduzir os impactos negativos da medida, a FIESC lançou o programa desTarifaço, que oferece apoio e informações para empresas exportadoras do estado. A iniciativa busca ajudar os negócios a se adaptarem às mudanças e manterem sua presença no mercado internacional.
“O comércio exterior deve funcionar como uma ferramenta de desenvolvimento para todos. É isso que esperamos das negociações: previsibilidade, equilíbrio e segurança para quem produz e exporta”, conclui Seleme.
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Da redação
Fonte: RCN
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