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Covid-19 em Floripa: dados revelam que contágio mostra-se estável na cidade

Foto: Reprodução

Publicado em 02/06/2020

Cada pessoa infectada por COVID-19 em Florianópolis está contaminando, em média, mais uma pessoa. Isso é o que revelam os dados do Comitê de Enfrentamento ao COVID-19 da Prefeitura de Florianópolis. Conhecido como R0 ou Re, o dado reflete o número efetivo de reprodução do vírus na cidade. Se o R está maior que 1, significa que o contágio está aumentando. Se está menor, significa que o contágio está caindo.

O fato de Florianópolis está oscilando em uma propagação de 1 para 1, significa que a Capital consegue manter o contágio em estabilidade. Ou seja, como um indivíduo contaminado só repassa o vírus para mais uma pessoa, então, a medida que ele vai se recuperando outra pessoa vai ficar doente no seu lugar, dando uma rotatividade no sistema de saúde sem causar lotação.

"Quando falamos nesse indicador, não estamos falando necessariamente das pessoas já identificadas e em isolamento. Temos de lembrar que a COVID-19 já é transmissível 2 dias antes do surgimento dos sintomas e as pessoas acabam procurando o serviço em torno do 3 ou 4 dia de sintomas, daí a necessidade de manter as medidas de higiene, ficar restrito ao domicílio quando iniciar com sintomas respiratórios e utilizar o Alô Saúde o mais cedo o possível”, explicou o médico Matheus Pacheco de Andrade, Gerente de Inteligência e Informação da Secretaria de Saúde.

Prova desse fator de 1 para 1 é o decrescimento de novos contaminados nos últimos 3 meses. De março a abril, Florianópolis detectou 331 novos casos. De abril para maio, foram 232. E de maio para junho, 211 novos casos, mesmo aumentando a capacidade de testagem no último mês. Os dados levam em conta os primeiros sintomas do paciente.

“O cenário ideal seria termos o R abaixo de 1, mas para isso seria necessário fechar a cidade e esperar o vírus sumir. Sabemos que é impossível, já que vivemos em um país que ainda está com o contágio em crescimento. Diante disso, o melhor cenário e o nosso desafio é manter o R em 1 para não colapsar os hospitais e evitar um crescimento geométrico de mortes”, explicou o prefeito Gean Loureiro.

Da redação