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CASAN e Prefeitura desenvolvem projeto para despoluir Beira-Mar Norte

(Foto: Divulgação)

Publicado em 13/10/2017

Em uma ação conjunta pela qualidade de vida, CASAN e Prefeitura Municipal de Florianópolis anunciaram um projeto para recuperação da balneabilidade da Baía Norte, uma das áreas mais nobres e populosas de Florianópolis. A proposta pretende tornar balneável o trecho de 3,5 quilômetros entre a Ponta do Coral e a Guarnição de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar (próximo da Ponte Hercílio Luz). 

Apesar de a área central de Florianópolis dispor de 100% de rede de coleta e tratamento de esgoto, o histórico de ocupação desordenada e o elevado adensamento urbano da região resultam em praticamente 50% dos imóveis com algum tipo de irregularidade na instalação da rede coletora. Uma das principais causas da poluição da Baía Norte é a ligação irregular de esgoto diretamente na rede de drenagem, que, atualmente, não têm nenhum tipo de tratamento. O projeto de despoluição da orla da Beira-Mar Norte visa interceptar essa água misturada ao esgoto e tratá-la antes de despejá-la no mar. 

“Esse conjunto de fatores faz com que os canais pluviais arrastem com a água da chuva uma alta carga de esgoto, gerando a contaminação que impede o banho de mar na zona mais populosa da Capital", explica o diretor-presidente da CASAN, engenheiro Valter Gallina. "A rede de esgoto instalada resolve o problema sob o ponto de vista sanitário, mas não permite a balneabilidade."

O plano de trabalho prevê que cada uma das saídas da rede de drenagem pluvial (tubulações de cimento) receberá um sistema próprio de captação e bombeamento. Serão, assim, cerca de 15 a 20 pequenas estações elevatórias conduzindo esta mistura de chuva com esgoto até a URA Beira-Mar. Desinfetada e clarificada, a água será lançada na Baía Norte, mas sem coliformes fecais. 

Será instalada junto à Estação Elevatória da CASAN (área conhecida como Bolsão), na Avenida Beira-Mar, uma Unidade Complementar de Recuperação Ambiental (URA), que vai tratar a água contaminada da rede de drenagem e lançar ao mar efluente livre de coliformes fecais. A URA Beira-Mar terá capacidade de tratar até 150 litros por segundo, o equivalente a quase 13 milhões de litros por dia.

Semelhante ao bem-sucedido processo que está ajudando a recuperar o Rio do Braz, no Norte da Ilha, a ação voltada à Baía Norte está focada no controle dos poluentes conduzidos pela rede de drenagem (a rede de águas das chuvas, o projeto está orçado em R$ 24,5 milhões e deverá permitir que o sistema de captação, elevatórias e a Unidade Complementar de Recuperação Ambiental (URA) estejam em operação antes do início do Verão 2019. O investimento será com 100% de recursos da Casan, que já dispõe do dinheiro em caixa. 

Poluição concentrada 

 Análises realizadas pelo Laboratório de Efluentes da CASAN para monitoramento da Baía Norte apresentam resultados que deram suporte ao projeto de despoluição da região. Esse acompanhamento mostra que a menos de 200 metros da areia da praia a água se apresenta dentro dos parâmetros de balneabilidade da FATMA.

Essa boa condição da água comprova que a poluição da Baía está localizada nas galerias de água da chuva. “Solucionado estes focos, a balneabilidade poderá ser recuperada”, diz o engenheiro Jair Sartorato, superintendente da Região Metropolitana da CASAN. 

 

Da Redação