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A importância da prática de atividade física por idosos

Foto: (Reprodução)

Publicado em 07/03/2019

A atividade esportiva ajuda a prevenir e melhorar as condições físicas e mentais do idoso, desde que bem orientado. Muitos adultos com idades entre 65 anos ou mais, gastam em média, 10 horas ou mais por dia sentado ou deitado, tornando-os o grupo etário mais sedentário. Eles estão pagando um alto preço por sua inatividade, com maiores taxas de quedas, obesidade e doenças cardíacas.

Na terceira idade (estabelecida a partir dos 65 anos pela Organização Mundial da Saúde) as dores articulares e degenerativas aumentam e ocorre a redução da capacidade funcional, por isso é importante manter a independência e prevenir a incapacidade a fim de garantir a qualidade de vida.

Segundo Ana Paula Simões, médica ortopedista da Santa Casa de São Paulo, as dores ocorrem pelo fato de o envelhecimento celular ocasionar uma desordem da homeostenose que é a perda de reservas orgânicas e funcionais, característica inerente do avançar dos anos. Esse declínio provoca maior vulnerabilidade a doenças em todo o corpo como as cardiovasculares, infecções, neoplasias, artropatias e doenças degenerativas osteomusculares.

Por isso, conforme envelhecemos torna-se ainda mais importante permanecermos ativos, pois o corpo declina a função e a atividade física ajuda a retardar essa degeneração, inclusive é possível falar até em progressão, ou seja, com o passar dos meses o condicionamento melhora e podem até ser intensificados. Atividade física nos ajuda a permanecer saudável, com energia e independente à medida que envelhecemos.

Há fortes evidências de que as pessoas que estão ativas têm um menor risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral, diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer, depressão e demência. Além disso, melhora a mobilidade articular, alongamento e flexibilidade, isso sem falar na resistência física e muscular que melhora com a prática esportiva.

Se o idoso não tem dor e pratica esporte, irá reduzir o risco de doença mental, ser capaz de sair e ficar bem independente na velhice. É aconselhado a manter-se sempre em movimento. Pode-se começar com uma simples caminhada diária de 15 minutos, ou 3 vezes por semana de 20 minutos, adequando o tempo a cada perfil.

Consideramos atividade física o que faz o corpo se manter em movimento com aumento da frequência cardíaca em pelo menos acima de 10% da basal. Inclui-se desde uma simples caminhada até a prática de esportes coletivos. Idealmente, podemos tentar algo todos os dias, de preferência em episódios de 10 minutos ou mais. Uma forma de atingir o que a OMS considera ideal (150 minutos de atividade moderada)  é fazer 30 minutos em pelo menos cinco dias por semana, sendo que 75 minutos de atividade rigorosa mais de uma vez por semana é tão benéfico quanto 150 minutos de atividade moderada.

Exemplos de atividades aeróbicas de intensidade moderada incluem andar rápido, dançar, hidroginástica ou natação, andar de bicicleta em terreno plano ou com poucas colinas, jogar tênis ou peteca de duplas. Além da parte aeróbica, é importante praticar atividades que trabalham os músculos, como musculação, pilates, yoga, tai chi ou outras artes márcias. 

Tarefas diárias, como fazer compras, cozinhar ou trabalho doméstico, não contam para seus 150 minutos, porque o esforço não é forte o suficiente para aumentar a frequência cardíaca, embora ajudem a quebrar o tempo de sedentarismo.

Nunca é tarde demais para adotar um estilo de vida mais ativo. Adultos mais velhos que estão ativos irão reduzir risco de doença cardíaca e acidente vascular cerebral a um nível semelhante como as pessoas mais jovens que estão ativos. Se, por outro lado, esteve inativo por um tempo, é possível construir uma rotina de atividades gradualmente, até atingir os níveis recomendados. Além de melhorar a saúde no processo, vai reduzir o risco de quedas e de outras doenças.