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A importância da autoestima no tratamento do câncer de mama

(Foto: Divulgação)

Publicado em 25/10/2016

Receber o diagnóstico positivo para câncer não é nada fácil, a cabeça quase entra em colapso e as dúvidas – das mais diversas – tomam conta daquele momento que parece ficar estático. Quando falamos de câncer feminino, esse momento se torna ainda mais complexo. A ideia de não mais conseguir levar a casa, a família, a carreira, a possibilidade de perder os cabelos, o temor da maternidade não concretizada e o medo de não haver mais uma chance, se torna a ideia principal desse problema.

O desafio agora é: de onde tirar forças para superar essa fase e tornar a chance real?

Diagnosticada com câncer de mama, Luciene Scomparin Dressano, 56 anos, é taxativa ao falar sobre seu processo com a doença. “O choque é grande, é impossível não se abalar com a notícia de um câncer, mas no momento em que optei por cuidar de mim, tudo ficou mais fácil. O que mais trabalhei nesse período foi minha autoestima”. Luciane é uma das milhares de mulheres que precisam lutar contra o câncer de mama que, de acordo com o INCA (Instituo Nacional do Câncer), é o tipo mais comum de câncer entre as mulheres no mundo e no Brasil, com 14.206 mortes em 2013. O Instituto ainda dá conta de 57.960 ao longo deste ano.

Para a oncologista Solange Sanches, a autoestima é fundamental para o bom desempenho durante o tratamento e possibilita um melhor enfrentamento do diagnóstico e das novas solicitações que a paciente terá em sua vida. “Eu atendo muitas mulheres diariamente que chegam com o diagnóstico de câncer de mama e as preocupações são muito semelhantes em todos os casos. Para todas elas, as minhas indicações de primeira linha – como dizem os médicos – são, além de focar no melhor tratamento previsto para ela, é elevar e aprimorar a autoestima. A paciente precisa buscar forças e seguir fazendo o que gosta, o que dá prazer e sentido à sua vida”.

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Luciane faz parte da Campanha Encontro com a Autoestima, idealizada pela AstraZeneca, e reafirma o valor de ações como essa para ajudar as mulheres a se redescobrirem para superar um momento traumático. “Hoje viajo com o projeto conversando com as mulheres que passam por esse período. Já estive do outro lado e hoje acompanho o desenvolvimento das pacientes. É nítida a mudança. Esse é o pontapé inicial que vai mostrar pra elas que sim, ainda em tratamento ela continua linda e disposta, e abre uma porta que não vai mais se fechar, porque ela sente a mudança. Todos têm uma força interna que precisa ser resgatada nesses momentos. É normal cair, mas é fundamental levantar”.

É importante destacar que o câncer de mama pode ser hereditário e que, havendo casos na família, é preciso buscar uma avaliação médica especializada e seguir as recomendações. Os exames de rotina colaboram para a detecção precoce e permitem uma intervenção rápida contra o câncer de mama e outras doenças.