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A história de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil

No dia 31 de maio de 1931, em frente à Igreja de São Francisco de Paula, no Rio de Janeiro, Nossa Senhora foi proclamada Padroeira do Brasil (Foto: Reprodução/Internet) **Clique para ampliar

Publicado em 12/10/2022

Nesta quarta-feira, 12 de outubro, celebramos a solenidade de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. Trata-se de dois títulos distintos, ligados a dois fatos históricos da Igreja do Brasil.

No ano de 1868, a Princesa Isabel e seu marido, Conde D´Eu, visitaram a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Na ocasião, a filha do Imperador presenteou a Santa com um manto cravejado de brilhantes e pediu em oração que recebesse a graça de ser mãe. Em 1884, já com três filhos, a Princesa retornou à igreja de Nossa Senhora para agradecer a graça da maternidade e, dessa vez, presenteou a imagem com uma coroa de ouro e diamantes. A peça foi usada vinte anos depois, na coroação da Santa.

Mais tarde, no ano de 1901, diante do sucesso de muitas romarias a Aparecida, os bispos da Província Eclesiástica Meridional do Brasil decidiram realizar a coroação solene de Nossa Senhora Aparecida. E sucessivamente, no ano de 1903, pediram ao Papa Pio X, hoje santo, para coroar solenemente a Imagem Milagrosa de Nossa Senhora Aparecida como Rainha do Brasil. O Papa Pio X autorizou a coroação na data de 29 de dezembro de 1903.

No dia 8 de setembro de 1904, Nossa Senhora foi proclamada Rainha do Brasil em missa solene celebrada na praça em frente à Basílica Histórica de Aparecida, com a presença de 15 mil fiéis e 14 bispos. Presidiu a celebração o Cardeal Joaquim Arcoverde, arcebispo do Rio de Janeiro.

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Declarada Padroeira do Brasil

Foi após o Congresso Mariano, ocorrido em Aparecida (SP), em 1929, pelas comemorações do jubileu de prata da coroação da imagem (1904), que surgiu o desejo de solicitar ao Santo Padre, o Papa Pio XI, que declarasse Nossa Senhora da Conceição Aparecida, então Rainha, agora também Padroeira do Brasil.

Foi então que, em 16 de julho de 1930, a pedido do Cardeal Leme, Arcebispo do Rio de Janeiro, o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil. Até aquele momento, o padroeiro do país era São Pedro de Alcântara. Este santo era de origem espanhola. Pertencia à ordem dos capuchinhos, mas atuou por vários anos em Portugal, sendo muito apreciado até pelo Rei Dom João III (1502-1557), o mesmo soberano que no ano de 1549 tinha enviado os jesuítas para o Brasil.

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São Pedro de Alcântara era o santo de devoção da corte portuguesa e, por isso, tanto Dom Pedro I quanto Dom Pedro II chamavam-se também "Pedro de Alcântara". Mas a devoção a Nossa Senhora Aparecida estava muito mais ligada à história do Brasil: o que motivou o pedido do Cardeal Leme ao Papa Pio XI para que Nossa Senhora fosse proclamada também Padroeira.

Proclamação de Nossa Senhora

No dia 31 de maio de 1931, em frente à Igreja de São Francisco de Paula, no Rio de Janeiro, Nossa Senhora foi proclamada Padroeira do Brasil. À capital do país acorreram cerca de um milhão de pessoas. Estiveram presentes no ato de Proclamação Patronal o então Presidente da República, Getúlio Vargas, seus ministros e autoridades civis e militares, que aos pés da Virgem prestaram a reverência do Estado. A missa foi presidida pelo Cardeal Sebastião Leme, arcebispo do Rio de Janeiro à época.

Artigo escrito por Lino Rampazzo é Doutor em Teologia e Professor nos Cursos de Filosofia e Teologia da Faculdade Canção Nova, Cachoeira Paulista (SP)

 

 

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