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Mercado revisa PIB e vê cenário mais otimista

Mercado revisa PIB e vê cenário mais otimista
Boletim Focus indica melhora nas expectativas de crescimento econômico, inflação e câmbio para o ano que vem.(Foto: Agência Brasil)

Publicado em 17/06/2025

O cenário econômico brasileiro para 2025 ganhou projeções mais otimistas, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (16). A pesquisa semanal mostra revisão positiva tanto para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) quanto para a inflação e a cotação do dólar até o fim do ano.

Pelo segundo levantamento consecutivo, as instituições financeiras aumentaram a estimativa de crescimento da economia brasileira. A previsão para o PIB em 2025 passou de 2,18% para 2,20%. Quatro semanas atrás, a expectativa era de 2,02%. Para os anos seguintes, o mercado espera um avanço de 1,83% em 2026 e de 2% em 2027.

A economia brasileira, impulsionada especialmente pelo setor agropecuário, cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, de acordo com o IBGE. Em 2024, o país já havia registrado uma expansão significativa de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento. Desde 2021, quando o PIB avançou 4,8%, este tem sido o melhor desempenho.

Inflação em queda gradual

As expectativas inflacionárias também apresentaram recuo. A projeção para o IPCA em 2025 foi reduzida de 5,44% para 5,25%. Há quatro semanas, esse índice estava em 5,5%. Já para 2026 e 2027, o mercado manteve as estimativas de inflação em 4,5% e 4%, respectivamente.

Os dados de maio mostraram que a inflação mensal foi de 0,26%, inferior aos índices registrados em abril (0,43%) e em maio de 2024 (0,46%). No acumulado do ano, o IPCA soma alta de 2,75% e, em 12 meses, 5,32%. A principal pressão sobre os preços em maio veio do setor de habitação, puxado pela energia elétrica residencial, que subiu 3,62%.

Juros elevados e incertezas no ar

Para controlar a inflação, o Banco Central mantém a taxa Selic em 14,75% ao ano — o maior patamar desde o início do atual ciclo de aperto monetário. A última alta, de 0,5 ponto percentual, ocorreu no mês passado, e foi o sexto aumento consecutivo.

O Comitê de Política Monetária (Copom), no entanto, evitou antecipar decisões futuras e reforçou o tom de cautela, citando o ambiente de incerteza global. A expectativa do mercado é de que a Selic continue em 14,75% até o fim de 2025, com quedas graduais previstas para os anos seguintes: 12,5% em 2026 e 10,5% em 2027.

Por que a Selic importa

A elevação da Selic é uma tentativa de frear o consumo, tornando o crédito mais caro e incentivando a poupança. Embora seja uma ferramenta para conter a inflação, os juros altos também dificultam o crescimento, pois desestimulam o investimento e o consumo.

Além da Selic, os bancos levam em conta fatores como inadimplência, custos administrativos e margem de lucro para definir os juros finais aos consumidores.

Câmbio também revisto

A cotação do dólar deve terminar 2025 em R$ 5,77, segundo a projeção mais recente. O valor representa uma leve queda frente às estimativas anteriores: há uma semana, o mercado previa R$ 5,80, e há quatro semanas, R$ 5,82.

Para 2026 e 2027, a expectativa é de que a moeda norte-americana encerre ambos os anos a R$ 5,80.

 

 

 

Da redação

Fonte: RCN

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