Recheio alemão de São Pedro é Patrimônio Imaterial de SC
O prato tradicional reforça a memória afetiva e a união de descendentes e comunidades de imigrantes alemães
As práticas socioculturais associadas à produção tradicional do recheio alemão feito em São Pedro de Alcântara receberão no próximo domingo, dia 22 de setembro, às 11h30, o certificado de Patrimônio Imaterial do Estado de Santa Catarina, conferido pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC). A cerimônia de entrega ocorrerá durante a Oktobertanz, no município localizado na Grande Florianópolis, logo após o desfile histórico e cultural da festa.
A solicitação de registro do recheio alemão como Patrimônio Imaterial foi encaminhado à FCC pela Prefeitura Municipal de São Pedro de Alcântara, por meio da Casa da Cultura e Turismo, há três anos. A iguaria, feita com miúdos e temperos, normalmente é introduzida como recheios de carnes de frangos. O alimento é bastante popular, sendo um dos principais pratos servidos nas festas comunitárias e nas reuniões familiares, cujo preparo torna-se principal foco da memória afetiva e de sociabilidade para descendentes e comunidades de imigrantes alemães.
O recheio alemão começou a ser produzido a partir das primeiras gerações de imigrantes na região de São Pedro de Alcântara, ainda por volta de 1829. A cidade é identificada como a colônia de origem alemã mais antiga de Santa Catarina. Como o frango era comumente criado pelos imigrantes alemães, tornava-se uma opção mais viável economicamente e de simples criação.
Há registros históricos que se referem ao recheio de galinha, ou recheio alemão, com provável origem no termo alemão “Gefildene Hinhele” (galinhas recheadas). Ainda de acordo com estes registros, há receitas semelhantes encontradas na Alemanha e na Áustria.
Da redação
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