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Os achados gastronômicos de Floripa

Iguarias atraem pela apresentação primorosa e pelos sabores surpreendentes (Fotos: Sérgio Vignes) **Clique para ampliar

Publicado em 09/02/2023

Lá pelos anos 60 e para os que são nativos de Florianópolis, uma das delicias gastronômicas mais comentadas na Capital era a famosa empada do Chiquinho. Servida na padaria que levava o mesmo nome, era a iguaria da vez. Hoje, com novos tempos e novos ares, a cidade incorporou muitas novidades, algumas que evoluíram daqui e outras que vieram de fora.

Nesta coluna vamos apresentar algumas iguarias que fazem sucesso na área central. A ideia partiu do fotógrafo gastronômico Sérgio Vignes. Ele, depois de estar à frente do conteúdo fotográfico de vários eventos da Abrasel, como o Brasil Sabor, se dispôs a compartilhar conosco os achados, e também fotografá-los, já que esta é sua paixão.

Dito isto, vamos ao primeiro achado. 

Sérgio é fanático por comidas diferentes e saborosas, está sempre fuçando aqui e ali, e nos trouxe uma novidade diretamente do Líbano. Mais especialmente da cidade de Bekaa.

A família Said Zaghlout chegou em Florianópolis em 2011 e logo se encantou com a cidade. Com isso, foi estabelecendo laços por aqui e começou a gerir os negócios à distância, no Líbano.

Em Novembro de 2022, surgiu a oportunidade de compra de um café, que já estava em funcionamento – o Açoriano, localizado na subidinha da Rua dos Ilhéus - e a ideia original era simplesmente dar continuidade ao que já estava sendo trabalhado ali.

Mas aí começou a mudança. O novo proprietário, o empresário Abdul Hadi, que como todo filho é apaixonado pela comida de mãe, Suzana, pediu que ela fizesse esfirras ao vivo no café, às sextas-feiras. A experiência foi um sucesso, e agora esse dia já é esperado com ansiedade por alguns clientes.


A qualquer hora do dia, até mesmo acompanhadas de um café, as esfirras preparadas cuidadosamente por Suzana são puro deleite

 

Nosso "olheiro gastronômico" Sérgio Vignes, assim como Abdul, se encantou com a gastronomia de Suzana Said Zaghlout, responsável pela produção das esfirras. “Apesar da minha favorita ser a de carne, hoje já há uma variedade de sabores deliciosos que me agradam e concorrem entre si”.

E ele cita os sabores: ricota, espinafre, frango, e keshik - feito com iorgute em pó produzido no Líbano -, e zaatar - feita com ervas temperadas com especiarias como grão de bico e gergelim -, que são igualmente surpreendentes.

Segundo Suzana, “isso se deve aos ingredientes especiais como a farinha e os temperos trazidos diretamente da colônia libanesa localizada em São Paulo.” E ela acrescenta, “como faço as massas à mão e com receitas de ancestrais libaneses, temos aqui o mais puro sabor do Líbano”.

O que deixa o nosso olheiro ainda mais animado é que, em breve, haverá um bufê de comida árabe que será servido uma ou duas vezes na semana, e será totalmente produzido por Suzana.

Confira o passo-a-passo da montagem das esfirras:

 

Serviço:

Café Açoriano - Rua dos Ilhéus, 20 

@cafe.acoriano

 

Texto: Hermann Byron

 

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Sobre o autor

Hermann Byron

Diretor geral do Imagem da Ilha, e um dos colunista de gastronomia do jornal.


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