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O que torna a fermentação natural tão especial?
Chef explica como esse processo milenar influencia sabor e digestibilidade

Técnica milenar valoriza sabor, textura e saúde. (Foto: Pinterest)

Publicado em 13/02/2025

Na era da alimentação consciente, o uso de fermentação natural tem conquistado cada vez mais espaço, especialmente no universo da panificação e da pizza. Mas o que torna esse processo tão especial? 

O chef Henrique Campos explica os segredos e benefícios dessa técnica milenar. 

A base da fermentação natural é o uso de um starter, que é uma mistura de farinha e água que é deixada em temperatura ambiente para atrair e cultivar os microrganismos presentes no ar e nos grãos de farinha. 

“Com o tempo, eles começam a se alimentar dos açúcares presentes na farinha, produzindo dióxido de carbono e ácido lático como subprodutos. O dióxido de carbono é responsável por fazer a massa crescer, enquanto o ácido lático contribui para o sabor e aroma característicos da massa fermentada naturalmente", conta o chef.

Diferentemente dos fermentos comerciais, que proporcionam uma fermentação rápida e previsível, a fermentação natural exige tempo e paciência, permitindo que os microrganismos realizem seu trabalho de forma gradual.

“É um processo vivo, único a cada preparo, e que conecta a pessoa ao alimento de maneira muito especial. Estudei isso profundamente na Itália, onde a valorização dos ingredientes e das técnicas artesanais é quase uma filosofia de vida”, explica Henrique.

Por que faz diferença?

A fermentação natural não é apenas uma questão de sabor, mas também de saúde e digestibilidade. Durante o longo período de fermentação, que pode variar entre 24 e 72 horas, os microrganismos decompõem os carboidratos complexos e o glúten, tornando o alimento mais leve e fácil de digerir.

Além disso, esse método potencializa o sabor. “As massas de pizzas feitas com fermentação natural têm uma crocância única na borda e um miolo macio, com leve acidez. É um convite aos sentidos”, afirma o chef.

 

 

Da redação

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