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Maçã Fugi do Estado tem qualidade reconhecida

O reconhecimento chancela a qualidade do produto de cinco municípios: São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Urubici e Painel, reunidos numa área de mais de 4,9 mil quilômetros quadrados (Foto: Reprodução/Internet)

Publicado em 13/08/2021

A maçã Fuji produzida na Região de São Joaquim, em Santa Catarina, recebeu o registro de Indicação Geográfica do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), na espécie Denominação de Origem, no dia 3 de agosto. A conquista reconhece a qualidade da fruta produzida em cinco municípios: São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Urubici e Painel. Juntos, os municípios reúnem mais de 2,6 mil produtores agrícolas, numa área de 4,9 mil quilômetros quadrados. A última safra de maçã Fuji produzida na região foi de 245 mil toneladas, sendo que 5% foi destinado à exportação do produto.

O reconhecimento da maçã Fuji como Indicação Geográfica é fruto de um trabalho em conjunto do Sebrae com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Associação de Produtores de Maçã e Pera de Santa Catarina (Amap), entre outras instituições. Eles  aplicaram também uma metodologia francesa denominada Cesta de Bens e Serviços Territoriais, trazida ao Brasil pelo Laboratório de Estudos da Multifuncionalidade Agrícola e do Território (Lemate) da UFSC.

O analista técnico do Sebrae-SC, Alan Claumann, explica que o selo de Indicação Geográfica irá contribuir com o crescimento dos negócios na região. “Essa é a sexta Indicação Geográfica (IG) de Santa Catarina e conquistas como essas são de atuação prioritária do Sebrae, que em parceria com outras entidades busca a valorização tanto de territórios quanto dos seus produtos únicos e tradicionais, que mobilizam não só a cadeia produtiva em si, mas podem gerar desenvolvimento e integração a outros elos do setor produtivo. A IG reconhece e chancela o trabalho do agricultor familiar, além de sedimentar os esforços desse empreendedor na busca por uma produção de qualidade, que gera empregos e renda”, afirma.

Para a analista de inovação do Sebrae, Hulda Giesbrecht, o reconhecimento de mais uma Indicação Geográfica de fruta, agrega mais valor para esse segmento, podendo potencializar as vendas de frutas tanto nacionalmente, como internacionalmente. “A Denominação de Origem da maçã Fuji da Região de São Joaquim aumenta o potencial de ampliação de vendas desse produto no Brasil e no Exterior. Aumentamos o valor agregado do produto de forma geral. Essa Indicação Geográfica é resultado um trabalho estratégico de proteção e promoção de regiões e de seus produtos diferenciados trilhado pelo Sebrae. A denominação de origem reconhece que os fatores ambientais, como solo, altitude, clima, interferem na crocância e no sabor da maçã. Existe um potencial muito grande quando falamos de exportação, pois são frutas que recebem selos e embalagens diferenciadas”, observa.

De acordo com Hulda, o país vem construindo uma cultura de produtos com IG reconhecida, se fortalecendo no mercado nacional e internacional com produtos de qualidade excepcional. “É muito importante porque temos um potencial muito grande de IGs nas frutas brasileiras. Essa conquista veio para somar. Já tínhamos 11 IGs de frutas e essa é a 12ª. Temos Indicações Geográficas reconhecidas  de goiaba, uva, abacaxi, banana, entre outras. Esta é a primeira de maçã. Hoje temos um catálogo muito diverso, com frutas tropicais e sazonais, com sabores diferenciados. São produtos com um nível de qualidade muito grande. Isso tudo nos coloca em um patamar diferenciado para exportação, aumentando a competitividade dos produtores”, destaca.

Da redação

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