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Da videira à taça
Festa da colheita da uva segue até o final do mês na serra catarinense

Programação especial nas vinícolas terá visitação, sunsets, piqueniques, almoços e jantares harmonizados e atrações musicais (Crédito de foto: Divulgação)

Publicado em 11/03/2020

É tempo de colheita da uva e o mês de março marca o resultado de muitos meses de trabalho nos vinhedos da serra catarinense. A estimativa dos produtores é colher este ano mais de 1,2 toneladas da fruta, quantidade suficiente para elaborar cerca de 1 milhão de garrafas de vinhos finos de altitude. Se a promessa é de ter uma das maiores e melhores safras dos últimos anos, vale celebrar. Por isso, segue até o dia 29 deste mês a 7ª Vindima de Altitude.

A programação acontece nas 15 vinícolas localizadas nas cidades de São Joaquim, Urupema, Urubici, Bom Retiro e Campo Belo do Sul. Todas oferecem programação especial com visitação aos vinhedos, sunsets, piqueniques, almoços e jantares harmonizados, atrações musicais, além da degustação dos vinhos de altitude premiados nacional e internacionalmente. Além disso, durante o período do evento acontecem oficinas e workshops em outros locais da região (confira a programação completa do evento acessando o QR code abaixo).

Segundo o presidente da Associação Vinhos de Altitude e Produtores Associados, José Eduardo Pioli Bassetti, a Vindima é uma iniciativa da entidade que busca divulgar o vinho e as vinícolas de altitude catarinense. O evento ainda fomenta o enoturismo regional, onde há cultivo de inúmeras variedades de uvas em cerca de 300 hectares de área.

O Sebrae/SC é um dos apoiadores da iniciativa que destaca o potencial da serra para o turismo, a economia e geração a de empregos. “Os vinhos são um grande atrativo na região, e podem beneficiar não somente as vinícolas, mas os demais pequenos negócios da cadeia do turismo, como restaurantes, pousadas, hotéis, agências e guias turísticos, comenta o diretor Técnico do Sebrae/SC, Luc Pinheiro.

Acesse AQUI e confira a programação completa da Vindima de Altitude.


Indicação Geográfica dos Vinhos de Altitude de SC

Em dezembro de 2019, o Sebrae/SC fez a entrega ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, INPI, do dossiê que busca a certificação da Indicação Geográfica (IG) de Indicação de Procedência para os Vinhos de Altitude de Santa Catarina. A previsão é de que o INPI faça o reconhecimento da IG em dezembro de 2021, possibilitando o uso do selo na produção de 2022 para as 19 vinícolas associadas.

A Indicação Geográfica de Indicação de Procedência é uma certificação concedida pelo INPI que garante que um determinado produto ou serviço se tornou conhecido pela sua limitação geográfica de localidade ou região, como o Champanhe e o Vinho do Porto, por exemplo.

De acordo com Luc Pinheiro, a conquista dessa IG irá agregar valor aos vinhos de altitude catarinenses, organizando o setor e promovendo o desenvolvimento econômico regional. “Santa Catarina é reconhecida pelos seus vinhos de alta qualidade e a IG é uma ferramenta que irá valorizar a produção, a gastronomia e o turismo da região, importantes setores para a dinamização da economia e para o desenvolvimento sustentável. A conquista da IG garantirá aos nossos vinhos reconhecimento nacional e internacional”, comenta o diretor do Sebrae/SC.

O projeto tem o apoio da UFSC, Epagri, Embrapa, Prefeituras Municipais das cidades produtoras e da Secretaria de Agricultura e Pesca de Santa Catarina. Há ainda outros projetos de Indicação Geográfica em Santa Catarina além da IG dos Vinhos de Altitude de Santa Catarina. O Sebrae/SC lidera o processo de conquista das IGs do Mel de Melato da Bracatinga e da Maçã Fuji da Região de São Joaquim, ambas na Serra Catarinense. Ainda, da Banana e da Cachaça de Luiz Alves, do Camarão de Laguna, da Linguiça Blumenau e da Ostra de Florianópolis. Todos em fase de pesquisa e construção dos documentos de pedido de registro de Indicação Geográfica.

Da redação