Como a alimentação pode prevenir a doença?
Hoje, 04 de fevereiro, é o Dia Mundial de Combate ao Câncer. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que 224.712 pessoas morreram de câncer no Brasil só em 2020. A título de comparação, a Covid-19 matou mais de 220 mil brasileiros. Ou seja, o número de vítimas fatais de neoplasias malignas também é grande. Segundo o Vigitel, Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, do Ministério da Saúde, existem quatro fatores de risco modificáveis que contribuem para o aparecimento do câncer: tabagismo, falta de atividade física, uso nocivo de bebidas alcoólicas e alimentação ruim.
De acordo com a nutricionista Bruna Pavão, estudos comprovam que a alimentação representa cerca de 30% das causas da doença, superada somente pelo tabaco como fator de risco prevenível. “Podemos dizer que, de forma geral, para atuar no combate ao câncer, os alimentos consumidos devem ser aqueles chamados de funcionais”, explica a nutricionista.
Entre os alimentos que, além de exercerem sua função biológica normal no corpo, são capazes de prevenir ou retardar algumas doenças estão coco, chia, quinoa e amaranto. Esses ingredientes possuem fibras, vitaminas e minerais essenciais para prevenir o câncer. Quem está em tratamento também pode se beneficiar.
Gorduras boas x gorduras ruins
Mais um exemplo de alimento aliado quando o assunto é a promoção de uma vida mais saudável e a prevenção do câncer é o amendoim. Além de ser rico em fibras, é uma alternativa de consumo de gorduras boas. “Por outro lado, a ingestão de gorduras ruins, como as saturadas, estão fortemente associadas ao desenvolvimento de alguns tipos de cânceres, principalmente de mama”, explica Bruna.
Ainda segundo ela, as gorduras boas, como as monoinsaturadas, podem ajudar a inibir a formação de neoplasias malignas, assim como diminuir o risco de metástases, principalmente quando se trata do câncer de mama. Só em 2020, esse tipo foi responsável por 29,7% do total dos casos em mulheres, de acordo com o Inca. No mesmo ano, foram 17.572 óbitos.
Gorduras trans
O consumo de gorduras trans também é associado ao desenvolvimento de fatores de risco, que podem causar doenças como o câncer. “Do ponto de vista nutricional, a gordura trans apresenta vários riscos potenciais à saúde e, aparentemente, nenhum benefício nutricional conhecido”, ressalta a nutricionista Bruna Pavão.
Entre os malefícios estão a elevação do nível de colesterol total e do colesterol LDL (colesterol ruim); redução dos níveis de colesterol HDL (colesterol bom); enfraquecimento do sistema imunológico, uma vez que afeta a estrutura e a função protetora da membrana celular, permitindo que microrganismos patogênicos e substâncias químicas tóxicas penetrem na célula com mais facilidade; e aumento dos hormônios pró-inflamatórios do corpo, como as prostaglandinas E2, que estão frequentemente associados ao desenvolvimento de doenças, como é o caso do câncer de ovário. Números do Inca indicam que, em 2020, foram 6.650 casos só desse tipo de câncer.
Adoçantes artificiais x naturais
“A composição química dos adoçantes artificiais não é compatível com o sistema digestivo humano e não pode ser completamente metabolizado pelo nosso organismo”, orienta Bruna. São exemplos de adoçantes artificiais a sucralose e o aspartame. O maltitol, por exemplo, não é classificado como adoçante artificial e traz benefícios à saúde, já que é produzido de forma natural. Ele é membro da família dos polióis (álcoois de açúcar) e, apesar do baixo teor calórico, é cerca de 90% tão doce quanto a sacarose – o açúcar tradicional.
Fonte: Nutricionista Bruna Pavão, consultora da marca de snacks saudáveis Cuida Bem.
Da redação
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