Champanhes e espumantes: ideais para celebrar e refrescar, por Eduardo M. Araújo
Champanhes e espumantes são sempre as companhias ideais para esta época do ano. Não estou falando somente da celebração do Réveillon com a tradicional e festiva explosão de borbulhas, mas também por toda a versatilidade gastronômica e a delícia que é matar a sede e o calor com esses vinhos tão refrescantes.
A nova onda de Growers Champagne, que já escrevi há algum tempo nesta coluna, é a minha escolha preferida.
Esse movimento que começou há pouco tempo levou jovens produtores donos de vinhedos, que tinham como tradição familiar vender suas uvas para as grandes casas de champagne, algumas produzindo dezenas de milhões de garrafas por ano, verem que seu terroir tinha excelente reputação, seu cultivo normalmente orgânico, com menos intervenções, produzia uvas de alto nível e começaram um questionamento:
- Por que vender essas uvas sensacionais ao preço "de tabela" da região, por menos de 10 euros o quilo se podemos produzir nossos próprios champanhes de altíssima qualidade e que podem ser vendidos por 5 ou 10 vezes mais.
Claro, todo o processo demora tempo e investimento, mas essas micro-produções, com alguns cuvées saindo com uma tiragem de menos de 500 garrafas, encontraram status cult, além de apresentar uma qualidade incrível pelo preço, se comparado com as grandes casas que investem muito dinheiro em outras coisas que não só a qualidade do produto em si.
Nomes como Bênoit-Lahaye, Etienne Calsac, Remi Leroy, Aurelien Lurquin entre tantos outros estão construindo o que chamamos de "nova Champagne" com mais foco a vinhedos únicos e terroir(foto:internet)
Esse mesmo movimento tem encontrado ressonância em outros países e até mesmo no Brasil, com produtores pequenos de espumantes de ótima qualidade. Por aqui prefiro sempre os Pétnats, de produtores como Vinhas do Tempo e Vivente e também os espumantes com menos teor de açúcar, os Extra-Brut ou Brut Nature, que combinam muito bem com nosso verão, nossos frutos do mar e também com uma acidez não tão alta se comparados aos champanhes.
E, se você gosta de inovar e provar novidades, provei recentemente fermentados de frutas, como um delicioso espumante de Caju feito pela Cia dos Fermentados.
Aquele gostinho da fruta, seco, mas com uma leve lembrança de mel, pra beber geladinho e se refrescar.
Qualquer que seja sua escolha, podemos começar e terminar uma refeição com espumantes. Desde os mais leves do método charmat, passando por champanhes mais encorpados e secos, alguns até com o vinho-base passando por barricas, ou com mais presença do envelhecimento em autólise, finalizando com Demi-Secs ou Moscatéis para acompanhar as sobremesas.
E, não se esqueça: espumantes são deliciosos ingredientes para diversos drinques, como o French 75, Mimosa e o famoso Aperol Spritz.
Cheers!
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Sobre o autor
Eduardo Machado Araujo
Certified Sommelier - Court of Master Sommeliers
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