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Brasil volta da Itália com 16 premiações
Distinções vieram do Mondial des Vins Extrêmes 2023

Os dois enólogos brasileiros, representando a Associação Brasileira de Enologia (ABE), Dirceu Scottá e André Peres Júnior Foto: Divulgação ABE

Publicado em 12/10/2023

Destinado, exclusivamente, a vinhos elaborados em regiões de montanha ou de culturas heróicas, o Mondial des Vins Extrêmes 2023, realizado nos dias 28 a 29 de setembro no Valle d'Aosta, na Itália, tem o propósito de promover e valorizar a produção enológica destas terras que se caracterizam por dificuldades estruturais, mas também por vinhos singulares e de personalidade extraordinária. O Brasil teve um excelente desempenho no concurso, conquistando 16 premiações, entre elas três prêmios especiais, três Grande Medalhas de Ouro e 10 Medalhas de Ouro.

Dos 863 vinhos inscritos, apresentados por 319 adegas de 26 países, 284 foram selecionados e, como prova da elevada qualidade dos vinhos, confirmados por unanimidade pelos 45 degustadores internacionais. Entre o júri, dois enólogos brasileiros, representando a Associação Brasileira de Enologia (ABE), André Peres Júnior e Dirceu Scottá.

Segundo Peres, o Concurso Mondial des Vins Extremes é distinto, principalmente pelas características dos vinhos apresentados. Foram mais de 800 amostras degustadas, de vinhos das mais diversas e inóspitas regiões, com variedades de uva, estilos de vinificação e envelhecimento que fogem do habitual. “Foi uma grande oportunidade poder conhecer enólogos e viticultores que trabalham com realidades distintas e extremas, além da troca de informações, que é sempre muito construtiva. Degustadores de todos os cantos do mundo, da Rússia e Ucrânia ao Brasil e Peru, passando pelas pequenas ilhas da Grécia e Espanha, participaram do evento. Sem dúvidas, uma experiência única e marcante”, destaca.

Para Scottá, o concurso só tem a crescer. “É um belo concurso que deve se desenvolver cada vez mais justamente pelo seu formato de preservar e valorizar os vinhos elaborados neste tipo de região, o que torna o evento ainda mais interessante”. Ele comenta, ainda, que a grande maioria das vinícolas mostra que é possível fazer vinhos em regiões bastante adversas, especialmente em relação ao relevo. “A maior parte delas atua sem nenhuma mecanização no vinhedo. Além disso, muitos vinhos apresentam características distintas de terroir e variedades autóctones, com pequenas e limitadas produções em termos de volumes.  Uma experiência fantástica.

AS PREMIAÇÕES

GRAN PREMIO CERVIM 2023  (maior pontuação do concurso)

Quinta da Neve Touriga Nacional 2022 – Quinta da Neve

 

PRÊMIO SPECIALE CERVIM 2023

Vitivinícola Jolimont

 

PRÊMIO ECCELLENZA CERVIM 2023

Vivalti Touriga Nacional 2020 - Vinícola Vivalti

 

GRANDE MEDALHA DE OURO

Jolimont Reserva Pinot Noir 2021 Vitivinícola Jolimont

Quinta da Neve Touriga Nacional – 2022 Quinta da Neve  

Vivalti Touriga Nacional- 2020 Vinícola Vivalti

 

MEDALHA DE OURO

Distinto Licoroso 12 Anos 2011 - Vivitinícola Don Affonso

Garibaldi Espumante Viognier 2022 - Cooperativa Vinícola Garibaldi

Jolimont Arinarnoa Querências 2020 - Vitivinícola Jolimont

Jolimont Cabernet Sauvignon Gran Reserva 2017 - Vitivinícola Jolimont

Jolimont Reserva Morro Calçado Cabernet Sauvignon 2021 - Vitivinícola Jolimont

Quinta da Neve Pinot Noir Cuvée de Safras 2021 - Quinta da Neve

Soliman Romerwein Reserva Chardonnay 2022 - Soliman Indústria E Comércio de Vinhos Finos

Vivalti Assemblage 2021 - Vinícola Vivalti

Zanotto Espumante Natural Brut Champenoise 2018 - Vinícola Campestre

Zanotto Sauvignon Blanc 2022 - Vinícola Campestre

 

Da redação

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