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Sedentarismo é o novo cigarro?
Entenda como o estilo de vida parado afeta o coração — e o que fazer mesmo sem tempo para treinar

Médica alerta para os perigos do sedentarismo e reforça: movimento é vital para a saúde cardiovascular. (Foto: Freepik)

Publicado em 22/06/2025

O sedentarismo já é considerado um dos principais vilões da saúde cardiovascular no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,4 bilhão de adultos não praticam atividade física suficiente — o que contribui para milhões de mortes que poderiam ser evitadas.

Para a médica cardiologista Fernanda Weiler, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a comparação é clara: “O sedentarismo já é considerado o novo cigarro. Ele aumenta significativamente o risco de infarto, derrame, hipertensão, diabetes tipo 2 e até de alguns tipos de câncer.”

Mas o que significa, afinal, não ser sedentário? A OMS recomenda pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica moderada por semana — o equivalente a 30 minutos por dia, cinco vezes por semana. Porém, diante da rotina atribulada da maioria das pessoas, essa meta ainda parece distante.

“Nem sempre é possível frequentar uma academia. Mas subir escadas, caminhar enquanto fala ao telefone, descer um ponto antes do ônibus ou fazer pausas ativas durante o expediente já representam um avanço. O mais importante é interromper longos períodos em repouso e inserir movimento na rotina de forma realista. Vale até mesmo esconder o controle remoto para levantar para trocar o canal da televisão”, orienta a médica.

Estudos mostram que até mesmo pequenas mudanças podem gerar grandes benefícios. Apenas 10 minutos de caminhada por dia já são suficientes para reduzir o risco cardiovascular em adultos sedentários. A prática regular de atividades físicas melhora a função endotelial, regula os níveis de colesterol e pode diminuir em até 35% a probabilidade de desenvolver doenças cardíacas.

Na Medicina do Estilo de Vida — abordagem cada vez mais atuante no Brasil — o movimento é um dos seis pilares fundamentais para prevenir, tratar e até reverter doenças crônicas. “Não estamos falando só de estética, mas de saúde real. Quem se movimenta dorme melhor, sente-se mais disposto e lida melhor com o estresse — fatores que têm impacto direto na saúde do coração”, explica Fernanda.

Para ela, o segredo está em começar. “Não espere o momento ideal. Adapte sua realidade e estabeleça pequenas metas possíveis. O movimento é acessível, gratuito e tem um poder enorme de transformar a sua saúde”, finaliza.

 

 

 

Da redação

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