Fortificação alimentar: aliada ou vilã da saúde?
Especialistas explicam como processados e fortificados podem contribuir para uma dieta equilibrada

Uma nova perspectiva sobre a nutrição está surgindo, desafiando a visão simplista de alimentos "bons" e "ruins". Em vez disso, especialistas defendem que a maioria dos alimentos se encontra em uma "área cinzenta", e que processados e fortificados podem desempenhar um papel importante em uma dieta equilibrada, especialmente para mulheres na menopausa.
A nutrição é uma ciência em constante evolução, com novos alimentos surgindo através do processamento e da engenharia genética. Essa diversidade, embora enriquecedora, pode gerar confusão na hora de fazer escolhas alimentares.
Fortificação de alimentos: um legado de saúde pública
Nos Estados Unidos, a fortificação de alimentos básicos como sal, leite e farinha com micronutrientes como iodo, vitamina D, ferro e ácido fólico tem sido uma estratégia de saúde pública eficaz no combate a deficiências nutricionais e doenças relacionadas.
Nos últimos anos, a busca por uma dieta mais natural e minimamente processada tem levado algumas pessoas a evitar alimentos fortificados, temendo os alimentos processados. No entanto, essa prática pode levar à deficiência de nutrientes importantes, como o iodo e o ácido fólico, que são essenciais para a saúde, especialmente para mulheres grávidas e amamentando.
Especialistas defendem que alimentos minimamente processados e fortificados, como pão integral, sal iodado e leite fortificado, podem e devem fazer parte de uma dieta equilibrada. Eles são fontes de nutrientes importantes e podem ser convenientes para pessoas com pouco tempo para cozinhar.
Menopausa e nutrição: uma atenção especial
A menopausa é um período de transição na vida da mulher, marcado por mudanças hormonais que podem afetar a saúde óssea, cardiovascular e metabólica. Uma dieta equilibrada, rica em cálcio, vitamina D, fibras e antioxidantes, é fundamental para manter a saúde e o bem-estar durante essa fase.
"Durante a menopausa, a mulher precisa ter uma atenção redobrada com a nutrição", afirma Alexandra Ongaratto, médica especializada em ginecologia endócrina e climatério. "Uma dieta rica em alimentos integrais, frutas, legumes e verduras, combinada com alimentos minimamente processados e fortificados, é essencial para garantir o aporte de nutrientes importantes e prevenir deficiências nutricionais. Além disso, é importante evitar o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, ricos em sódio, açúcar e gorduras saturadas, que podem aumentar o risco de doenças crônicas", explica a ginecologista.
Recomendações
A médica sugere, durante o período da menopausa, incluir alimentos minimamente processados e fortificados, como pão integral de fermentação natural, sal iodado e leite fortificado, em sua dieta diária. Além disso, ela cita que é essencial consumir uma variedade de frutas, legumes e verduras, ricos em vitaminas, minerais e fibras.
Alexandra também alerta para evitar alimentos ultraprocessados, ricos em sódio, açúcar e gorduras saturadas. Além de sempre consultar um profissional de saúde para obter orientação nutricional personalizada.
Da redação
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