Conheça os perigos ocultos da sinusite
Condição comum durante o frio pode causar complicações sérias se não for tratada corretamente

A onda de frio que tem se espalhado pelo país intensifica uma preocupação recorrente: a sinusite. A condição, muitas vezes banalizada, pode sim evoluir para situações graves e exigir cuidados médicos urgentes, como explica a otorrinolaringologista Dra. Camila Marinho, especialista em rinologia e base de crânio.
“A sinusite pode levar a complicações graves, caso não seja tratada. A doença ocorre quando os seios da face ficam inflamados ou cheios de muco, geralmente por infecções virais, bacterianas ou alergias. Fatores como desvio de septo, baixa imunidade e mudanças bruscas de temperatura também contribuem”, afirma a médica.
Outro ponto importante diz respeito à sinusite aguda — quadro que dura até quatro semanas e costuma surgir após um resfriado. “Já a sinusite crônica persiste por 12 semanas ou mais e pode se repetir várias vezes ao ano, sendo geralmente associada a alergias ou alterações anatômicas”, destaca a Dra. Camila.
O alerta se acende quando sintomas como dor facial intensa, inchaço ao redor dos olhos, confusão mental, vômitos persistentes ou rigidez na nuca aparecem. “Esses sinais indicam que a infecção pode ter se espalhado e, nesse caso, a avaliação hospitalar é imprescindível”, ressalta Marinho.
Apesar de comum, a sinusite exige cuidados diários para evitar crises ou agravamentos. “Lavar o nariz com soro fisiológico, hidratar-se bem, umidificar o ambiente e evitar exposição a fumaça, ar-condicionado frio e cheiros fortes são medidas essenciais”, recomenda a otorrinolaringologista. Ela também destaca a importância do acompanhamento médico regular, especialmente em casos de rinite ou crises recorrentes.
A médica chama atenção para o uso indiscriminado de descongestionantes nasais. “Aquelas gotinhas milagrosas, quando usadas por mais de cinco dias, causam efeito rebote, podem elevar a pressão arterial, provocar arritmias e até gerar dependência. Só devem ser usadas com orientação médica e por tempo limitado.”
Para quem sofre com crises frequentes, o tratamento é individualizado de acordo com as necessidades de cada paciente, explica a médica. “Pode incluir sprays de corticoide nasal, antialérgicos, antibióticos (em casos de infecção bacteriana) e, quando necessário, cirurgia endoscópica para corrigir alterações anatômicas que impedem a drenagem dos seios da face”, discorre a Dra. Camila.
A prevenção também é possível. “Vacinação contra a gripe, controle da rinite, boa higiene ambiental, evitar poluentes e fortalecer a imunidade com sono adequado, alimentação saudável e atividade física são medidas fundamentais”, reforça.
Por fim, é importante saber diferenciar uma gripe comum de uma sinusite. “Dor ou pressão na testa, bochechas, ao redor dos olhos, dor nos dentes superiores, catarro espesso e sensação de secreção descendo pela garganta são sinais de que a inflamação já atingiu os seios da face. Nesses casos, procure um otorrino”, orienta Dra. Camila Marinho.
“Na dúvida, o melhor é procurar um especialista. Um diagnóstico correto evita complicações e permite um tratamento mais eficaz”, finaliza a Dra. Camila Marinho.
Da redação
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