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Em tempos de questionamentos sobre a vacinação de crianças contra a Covid-19, e após a autorização do ministro da Saúde para que a vacinação seja liberada, vamos abordar um estudo publicado no site cdc.gov/coronavírus, sobre a epidemiologia do vírus em crianças com idade entre 5 a 11 anos nos Estados Unidos.

No período de primeiro de março de 2020 a 10 de outubro de 2021, foram registrados, nos EUA, mais de 1,9 milhões de casos de Covid-19 em crianças entre 5 e 11 anos de idade com.

Na semana do dia 10 de outubro de 2021, o número de casos de crianças nessa faixa etária representava 10,6% do total de casos de Covid-19 nos Estados Unidos, representando uma grande proporção.

Baseando-se em dados de adultos, as crianças infectadas têm um baixo risco de reinfecção por pelo menos 6 meses, mas a proteção não é 100%, e ainda é mais baixa contra a variante Delta.

A resposta na produção de anticorpos induzida pela infecção em crianças é mais baixa e menos consistente quando comparada com a resposta na produção de anticorpos induzida pela vacina mRNA.

A taxa de anticorpos gerados pela infecção é mais baixa em pessoas com sintomas leves ou sem sintomas.

A vacinação após a infecção aumenta significativamente a proteção e reduz o risco posterior de reinfecção.

O CDC dos Estados Unidos recomenda a vacinação de crianças acima de 5 anos independentemente de ter ou não uma história de infecção. O teste sorológico para avaliar se houve ou não uma infecção prévia, com o propósito de tomada de decisão de se fazer ou não a vacina, não é recomendado pelo CDC. Todas as crianças acima de 5 anos devem ser vacinadas.

Os dados de soroprevalência sugerem que infecções em crianças são menos notificadas do que em adultos. A soroprevalência indica que as crianças têm pelo menos o mesmo risco dos adultos para serem infectadas pelo vírus SARS-CoV-2. A soroprevalência estimada em crianças de 5 a 11 anos em setembro de 2021, nos Estados Unidos, foi de 38%. 

Os testes para quantificação da taxa de anticorpos no sangue não conseguem determinar se uma pessoa está protegida de uma reinfecção ou não. A análise do teste de anticorpos é útil para determinar se a pessoa teve uma infecção prévia ou não, mas não é boa para correlacionar com proteção contra a infecção.

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