Lagoa do Peri fica imprópria para banho após quase 7 anos
Relatório do IMA indica contaminação em ponto de coleta no Parque Municipal

Maior reservatório de água doce da região, a Lagoa do Peri foi considerada imprópria para banho pela primeira vez desde maio de 2018. O relatório divulgado pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), referente ao período de 3 a 7 de fevereiro, apontou a contaminação no ponto de coleta em frente à sede do Parque Municipal.
A lagoa abastece diversas residências da capital catarinense e é um destino frequentado por moradores e turistas. Em novembro de 2024, recebeu pela nona vez consecutiva o selo internacional Bandeira Azul, reconhecimento dado a locais que mantêm padrões elevados de conservação ambiental, qualidade da água e infraestrutura sustentável.
Prefeitura atribui piora na qualidade da água às chuvas recentes
Localizada dentro de um Parque Municipal, que é uma unidade de conservação sob gestão da Floram (Fundacão Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis), a Lagoa do Peri tem seu uso regulado pelo poder público.
A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, informou que as recentes análises do IMA refletem o impacto das chuvas intensas na qualidade da água em várias regiões da cidade. Em nota, destacou que a situação precisa ser monitorada por meio de novas coletas para uma reavaliação precisa. "A Lagoa do Peri, por ser uma Unidade de Conservação, recebe atenção constante do município para garantir sua preservação e segurança", afirmou.
Critérios para balneabilidade e contaminação
De acordo com a Resolução Conama nº 274, de 29 de novembro de 2000, um ponto é considerado próprio para banho quando pelo menos 80% das amostras coletadas nas últimas cinco semanas apresentam um máximo de 800 Escherichia coli por 100 mililitros de água.
A área é classificada como imprópria quando mais de 20% das amostras superam esse limite ou quando o resultado da última análise é superior a 2.000 Escherichia coli por 100 mililitros. Essa bactéria, em algumas cepas, pode provocar doenças, causando sintomas como diarreia, cólicas abdominais, febre, fadiga e náuseas.
Na análise mais recente, a Lagoa do Peri apresentou uma concentração de 988 Escherichia coli por 100 mililitros. Em 2018, quando foi considerada imprópria pela última vez, o índice registrado foi de 2.400 Escherichia coli por 100 mililitros.
Monitoramento da balneabilidade em Santa Catarina
O IMA monitora a qualidade da água em 238 pontos de Santa Catarina, sendo 87 em Florianópolis. No levantamento mais recente, 150 pontos no estado estavam próprios para banho, o que corresponde a 63,03%. Na capital catarinense, dos 87 pontos analisados, 53 apresentaram condições adequadas, equivalente a 60,92%.
Da redação
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