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Down Under em dois capítulos
Esta coluna é dedicada a compartilhar relatos e dicas de viagem dadas por estudantes de diferentes idades que estão no momento vivendo experiências de estudo no exterior

André e Victoria no zoológico de Currumbin (Foto: arquivo pessoal)

Publicado em 28/05/2019

A possibilidade de viver em duas cidades com estilos de vida e oportunidades distintas foi a opção de André e Victoria quando decidiram embarcar em um programa de Estudos+Trabalho na Austrália, também conhecida como Down Under. Ambos adoram esportes e vida ao ar livre e queriam aprimorar o inglês, além de ter uma experiência imersiva na cultura australiana. 

Gold Coast já era um desejo desde o início, por conta do clima, das praias e da receptividade local. “A cidade lembra muito Floripa em relação ao estilo de vida, porém com uma estrutura muito superior à nossa”, conta André, que surfa e anda de skate, atividades que o ajudaram a criar conexões e laços de amizade com pessoas, independentemente da língua ou nacionalidade. Em sua temporada na cidade, trabalhou em três restaurantes em diferentes posições. Ele recomenda a quem busca trabalho na cidade que não se limite à região central (Surfers Paradise), mas também considere bairros mais afastados, como Coolangatta e Burleigh Heads. Na região, Victoria também sugere Kiera e Snapper Rocks, além do zoológico de Currumbim, como passeios imperdíveis.

Depois de 3 meses morando em Gold Coast, a dupla se mudou para Melbourne, para uma realidade bem distinta. A cidade é grande, tem um ritmo mais veloz e conta com menos brasileiros. Melbourne encantou pela mistura de culturas e diversidade visível nas ruas. “Além de uma estrutura incrível, Melbourne também tem uma cena cultural e musical muito boa, além do Sea World, museus e galerias de arte”, contam eles. Em Melbourne, ambos dividiram casa com nativos e estrangeiros, o que possibilitou uma maior imersão na cultura local. 

Trabalhar em Melbourne demandou mais esforço, pois apesar de haver mais oportunidades, também há mais demanda e concorrência. Mas André comprou uma bicicleta e se virou bem fazendo delivery no contra turno das aulas na Escola Embassy: “eu não uso o transporte público, que é excelente, pois faço tudo de bicicleta. Mesmo morando em um bairro mais afastado, como Brunswick, com muitos imigrantes libaneses, é possível só usar a bike, pois a cidade é muito bem adaptada para esse tipo de transporte”, relata ele. 

Victoria, que se dedicou apenas aos estudos neste período, voltou para o Brasil ao final de 5 meses em tempo de defender seu TCC em Nutrição, alimentada pelas ricas experiências gastronômicas que teve a oportunidade de viver por lá. Já André está se preparando pra fechar a temporada com uma viagem solo de mochila pelo sudeste asiático. Quem sabe na volta ele conta pra gente como foi o terceiro capítulo dessa aventura... 

Por Marisa Naspolini com a colaboração de André Cuneo Sagaz e Victoria Silva e Jonck 

Serviço: Marisa Naspolini é especialista em educação internacional e dirige a Experimento Intercâmbio Cultural em Florianópolis. André, 22 anos, é estudante de Agronomia. Victoria, 23 anos, é estudante de Nutrição. Ambos estudam na UFSC, em Florianópolis, e estudaram na Escola Embassy em Gold Coast e em Melbourne durante 5 meses. Siga-nos em @experimento.floripa