Mercado automotivo reage às promoções
As promoções de varejo que se intensificaram nas últimas semanas após um primeiro bimestre fraco em vendas contribuíram para uma reação positiva do mercado de automóveis e comercias leves em março. Dados preliminares indicam perto de 187,2 mil emplacamentos, com alta de 38% sobre o terceiro mês de 2022, quando foram licenciadas 135,6 mil unidades, e de 56% em relação a fevereiro (120,3 mil).
Vale lembrar que o segundo mês deste ano, por causa do carnaval, teve apenas 18 dias úteis, enquanto março acumulou 23 e o mesmo mês de 2022 teve 22. De qualquer forma, também é positivo o balanço da média diária de vendas, com alta de 21,7%, de 6,7 mil para 8,1 mil unidades na média diária no comparativo do mês passado com o retrasado.
Com relação ao início de 2022, importante ressaltar que na época era bem mais crítico o problema com a falta de semicondutores, que impedia produção adequada para atender a demanda por modelos 0 km.
O desabastecimento de componentes amenizou ao longo do segundo semestre de 2022 e voltou a preocupar a partir de fevereiro/março deste ano, quando algumas montadoras, incluindo a Volkswagen, anunciaram férias coletivas devido à escassez de chips e outras decidiram paralisar linhas de montagem alegando retração no varejo, caso da General Motors e Hyundai.
Reciclagem de veículos, um dos projetos em curso da Stellantis
Certamente as promoções no varejo, que envolveram de taxa zero de juros e IPVA grátis até um ano inteiro de tanque cheio, contribuíram para atrair os consumidores ao longo de março, totalizando 438,7 mil emplacamentos no trimestre. Com isso, a expansão no ano chegou a 17%, considerando os 376 mil carros e comerciais leves comercializados no mesmo período de 2022.
Apesar do desempenho positivo no comparativo com o ano passado, o mercado brasileiro ainda apresenta números aquém dos obtidos no primeiro trimestre de 2021, quando as vendas atingiram 500 mil unidades.
Na sexta-feira, 31 de março, o presidente da Stellantis na América do Sul, Antônio Filosa, adiantou intenção da indústria e das concessionárias de deflagarem movimento em prol de um acerto, que também envolva o governo, visando ampliar volumes de vendas e, consequentemente, gerar ganhos de escala nas montadoras e nas redes.
Fonte: Auto Indústria
Da redação
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