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Infraestrutura de recarga para elétricos ainda angustia o “cidadão comum”

Ainda não é fácil encontrar pontos de recarga fora de locais com acesso restrito, privados, ou em sua própria casa. Isso se você mora numa, pois em prédios de apartamentos eles ainda não existem (Foto: Auto Indústria/ Reprodução) **Clique para ampliar

Publicado em 20/06/2023

De alguns anos para cá, a palavra entusiasta passou a ser empregada com frequência cada vez maior pelas áreas de marketing para definir o tipo de consumidor que sai correndo atrás de novidades. No caso dos carros elétricos eles não faltam, pelo menos para defendê-los como alternativa de mobilidade limpa. Mas daí para comprá-los o buraco da tomada é bem mais para baixo.

Quando se encontra uma tomada, diga-se. Sim, porque ainda não é fácil encontrar pontos de recarga fora de locais com acesso restrito, privados, ou em sua própria casa. Isso se você mora numa, pois em prédios de apartamentos eles ainda não existem.

Não à toa construtoras têm anunciado pontos de energia individualizados nas garagens como grande diferencial de seus novos empreendimentos imobiliários. A história de que enquanto uns choram, outros vendem lenços.

Carro elétrico é muito bom de andar, silencioso e, claro, econômico. Ruim mesmo, além do preço, é ainda depender da “boa vontade” de carregadores quase sempre lentos e de vagas neles. Sem contar a surpresa de chegar a um indicado por aplicativo dedicado e se deparar com um papel sobreposto ao totem, alertanto: “Dispositivo fora de serviço”.

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Mais do que a perda de tempo, fica a sensação de que coisa pior pode vir pela frente. Afinal, bate uma certa angústia quando o painel multicolorido informa que o nível da bateria está abaixo dos 25%, seja na cidade ou principalmente numa estrada, mesmo que a viagem não seja tão longa.

Pode ser ainda questão meramente cultural, mas duvido que alguém se sinta angustiado quando o ponteiro do tanque de gasolina marca um quarto e que, mesmo não conhecendo a região, se tem a certeza de que, alguns quilômetros à frente ou em uma via paralela, surgirá um entre os milhares de postos de combustível de tantas bandeiras.

Faltam, portanto, ainda investimentos pesados em eletropostos para que os muitos milhões de brasileiros que hoje moram em apartamentos ou que precisam se deslocar acima “da média diária” definidas pelos departamentos de marketing sejam convencidos a adiquirir um carro elétrico.

Por enquanto, talvez no curtíssimo prazo apenas, só mesmo os entusiastas para não se renderem a essas limitações. Mas vai ser entusiasta assim lá na China! Aliás, de fato, hoje ainda um dos melhores lugares para se entusiasmar com a mobilidade totalmente elétrica!

Por Auto Indústria

Da redação

 

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