Como a Arquitetura Moderna Responde às Percepções do Autista
Médico explica a relação entre o Transtorno do Espectro Autista e a arquitetura moderna
A ascensão da arquitetura moderna no início do século XX, caracterizada por linhas limpas e funcionalismo, pode ter mais a ver com as características neurológicas de seus proponentes do que previamente reconhecido. Segundo o neurocientista Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a influência do Transtorno do Espectro Autista (TEA) na percepção e design arquitetônico é significativa, especialmente quando se analisa figuras centrais como Le Corbusier.
"Le Corbusier é frequentemente discutido nos círculos médicos e biográficos como alguém que possivelmente estava no espectro autista. Isso não apenas influenciou seu estilo pessoal, mas também pode ter definido uma era de design que favorece a simplicidade visual e a funcionalidade acima de ornamentos complexos", afirma Dr. Agrela.
Através do uso de tecnologias como o rastreamento ocular é possível observar como pessoas com TEA processam estímulos visuais. "As pesquisas mostram que indivíduos no espectro tendem a se sentir mais confortáveis em ambientes com menos estímulos visuais", explica Dr. Agrela.
Essa preferência é evidente em muitas das obras de Le Corbusier. "Por exemplo, a Villa Savoye é uma manifestação de sua filosofia de redução de estímulos. As linhas claras e a falta de decoração não são apenas uma escolha estética, mas uma necessidade funcional para pessoas com sensibilidades sensoriais como as do TEA", comenta Dr. Agrela.
"O trabalho de Le Corbusier, visto sob essa perspectiva, não é apenas uma mudança estilística, mas um avanço em direção a um design que considera as necessidades neurodiversas", conclui Dr. Agrela. Este entendimento não apenas enriquece nossa interpretação da história da arquitetura moderna, mas também impulsiona a criação de espaços que são verdadeiramente adequados para todos.
Da redação
Fonte: MF Press Global
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