SC usa DNA para garantir autenticidade do pescado

Uma análise inovadora de DNA realizada em Santa Catarina revelou resultados surpreendentes sobre a autenticidade do pescado comercializado no estado, especialmente em um período estratégico como a Semana Santa, quando o consumo de peixes é elevado. Durante a pesquisa, foram coletadas 53 amostras em pontos de venda de pescados para verificar se as espécies indicadas nos rótulos correspondiam geneticamente ao produto oferecido. O estudo revelou uma taxa impressionante de conformidade, com apenas um caso de tentativa de fraude identificado.
A análise foi conduzida com tecnologia de sequenciamento de DNA, tendo como objetivo verificar a correspondência genética entre o peixe rotulado e o efetivamente comercializado. De um total de 56 amostras analisadas, apenas uma apresentou discordância, sendo que o produto estava rotulado como bacalhau, mas foi identificado geneticamente como linguado. Esse índice de 1,9% de irregularidade reflete que mais de 98% dos pescados estavam em conformidade com as normas legais e as práticas de mercado.
Para o governo, o resultado da fiscalização é extremamente positivo, reforçando a seriedade do setor pesqueiro catarinense. “É gratificante observar um nível tão elevado de conformidade. Isso demonstra o compromisso das empresas do setor pesqueiro com a transparência e a confiança do consumidor”, afirmou Tiago Frigo, secretário de Aquicultura e Pesca.
A operação foi coordenada entre órgãos estaduais, como a Secretaria-Executiva da Aquicultura e Pesca de Santa Catarina, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), o Procon-SC e o Instituto de Metrologia de Santa Catarina (Imetro-SC), destacando a importância da sinergia entre as instituições para o sucesso da fiscalização.
Para Michele Alves, delegada do Procon SC, a atuação foi um avanço significativo. “Esta foi a primeira vez que o Procon SC realizou essa coleta, exigindo capacitação dos fiscais, o que evidencia que o estado está preparado para defender os consumidores”, comentou.
Esse estudo pioneiro também serve como base para o futuro “Programa Pescados SC”, que instituirá a análise de DNA como parte regular da fiscalização. Essa medida visa garantir que a autenticidade e a qualidade do pescado em Santa Catarina sejam constantemente monitoradas.
Além de beneficiar os consumidores locais, os resultados dessa análise também têm impacto no turismo, garantindo que os produtos gastronômicos catarinenses, como ostras, camarões e peixes frescos, mantenham sua autenticidade e qualidade. A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, destacou que essa segurança fortalece a imagem de Santa Catarina como um destino gastronômico de excelência.
A legislação brasileira, incluindo o Código Penal e o Código de Defesa do Consumidor, prevê severas penalidades para a comercialização de alimentos adulterados, como o pescado. Tais práticas podem resultar em apreensão de produtos, multas e outras sanções.
No cenário global, fraudes semelhantes têm sido observadas. Nos Estados Unidos, uma pesquisa de 2018 revelou que 21% das amostras de pescado analisadas em 24 estados apresentaram substituição de espécies. No Canadá, entre 2017 e 2019, mais de 400 amostras coletadas em mercados e restaurantes mostraram 47% de adulterações nas espécies comercializadas.
Da redação
Fonte: Secom
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