Saúde mental na escola: experiência da rede municipal participa de congresso
Prevenção ao suicídio, automutilação e sofrimento psíquico são conteúdos de “Roda de Conversa: saúde mental na infância e adolescência”. O projeto é voltado para estudantes, professores e famílias da rede municipal de ensino de Florianópolis. O objetivo é a proteção e promoção da qualidade de vida para além da medicalização.
A iniciativa, desenvolvida em parceria pelas secretarias municipais de Educação e de Saúde, foi selecionada para participar do III Congresso Internacional Novas Abordagens em Saúde Mental. Devido à pandemia do Coronavírus, o evento deverá ser realizado online no dia 22 de agosto pelo Centro Educacional Novas Abordagens Terapêuticas (Cenat) .
O trabalho inscrito é assinado pelas profissionais da Educação Ana Paula Felipe, Cláudia Cristina Martins Nascimento e Nataliê Andiara Be Cardoso e pelos psiquiatras da Saúde Marcelo Brandt Fialho e Márcia Silva Rodrigues.
As rodas de conversas têm previsão para serem retomadas ainda este ano. Em 2019, entre os meses de setembro a novembro, ocorreram no período noturno com a presença de assessoras pedagógicas e psiquiatras. As discussões beneficiaram 560 famílias de 24 unidades educativas, totalizando cerca de 600 pessoas.
Para a professora Cláudia Cristina Martins Nascimento, o projeto se configurou em importante e necessária implementação de política pública, envolvendo diferentes segmentos da sociedade. “A prevenção da ansiedade, depressão, automutilação e suicídio são tratados na perspectiva de um projeto de sociedade que valoriza a vida, a qualidade das relações e acima de tudo respeitam a criança e o adolescente em uma formação mais humana e integral do ser”.
Ana Paula Felipe, outra coordenadora do projeto, acrescenta que a comunidade escolar é recebida num ambiente acolhedor , de diálogo , escuta e troca sobre saúde mental. “Queremos sensibilizar as todos para a temática e ao mesmo tempo desmistificando mitos e tabus”.
O secretário de Educação Maurício Fernandes Pereira sublinha “que a formação continuada é um caminho necessário à configuração de processos educativos comprometidos com relações humanas saudáveis, de zelo pela vida, numa dimensão de compartilhamento entre escola e família, saúde e educação”.
Da redação