Inflação desacelera com queda nos alimentos
 
		
		
		
		Pela primeira vez em nove meses, os preços dos alimentos caíram no país, um movimento que ajudou a inflação oficial a perder força pelo quarto mês consecutivo. Segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,24% em junho, abaixo dos 0,26% registrados em maio. Ainda assim, a pressão da conta de luz evitou um recuo maior do indicador.
A energia elétrica foi o item com maior impacto no mês, com alta de 2,96%, puxada pela adoção da bandeira tarifária vermelha patamar 1. A medida, que acrescenta R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, foi adotada diante da piora nas projeções de geração hídrica. Com isso, há expectativa de acionamento maior das termelétricas, fontes mais caras de energia. Reajustes em capitais como Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro também colaboraram com a alta. Segundo Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, “sem a energia elétrica, o índice teria sido de apenas 0,13%”.
Mesmo com a desaceleração dos últimos meses, o acumulado de 12 meses do IPCA atingiu 5,35%, ultrapassando pelo sexto mês seguido o teto da meta do governo, fixado em 4,5%. O ponto mais alto do ano foi registrado em abril, com 5,53%.
O único grupo com queda em junho foi o de alimentos e bebidas, que recuou 0,18% e contribuiu com -0,04 ponto percentual no índice. A redução se deve, principalmente, à alimentação no domicílio, que caiu 0,43% no mês. Entre os itens com maior retração estão o ovo de galinha (-6,58%), arroz (-3,23%) e frutas (-2,22%). A queda está associada a uma melhora no volume da safra agrícola, que ampliou a oferta no mercado.
Por outro lado, a alimentação fora do domicílio desacelerou, mas manteve alta de 0,46%. O café, que vinha subindo com força, teve elevação mais contida em junho: 0,56%, frente aos 4,59% de maio. No acumulado de 12 meses, porém, o grão ainda registra aumento expressivo de 77,88%.
O grupo de transportes teve variação positiva de 0,27% e impacto de 0,05 ponto percentual no IPCA. Enquanto os combustíveis caíram 0,42%, os serviços de transporte por aplicativo dispararam, com alta de 13,77% no mês.
Entre os nove grupos monitorados pelo IBGE, outros destaques foram: habitação (0,99%), vestuário (0,75%), despesas pessoais (0,23%), comunicação (0,11%), saúde e cuidados pessoais (0,07%) e artigos de residência (0,08%). Educação não teve variação.
O índice de difusão, que mede o percentual de produtos e serviços com preços em alta, ficou em 54%, o menor desde julho de 2024, quando marcou 47%. Em abril, esse índice havia atingido 67%, refletindo uma alta mais generalizada de preços à época.
O IBGE também divulgou o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), voltado para famílias com renda de até cinco salários mínimos. O indicador teve alta de 0,23% em junho e acumula 5,18% em 12 meses. Os alimentos, que têm peso maior no INPC (25%) do que no IPCA (21,86%), explicam parte da leve diferença entre os dois índices.
O INPC é usado como referência em negociações salariais de diversas categorias profissionais. Já o IPCA é voltado a lares com renda de até 40 salários mínimos e serve como base para a política monetária do Banco Central.
Da redação
Fonte: RCN
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