Feriado prolongado: cautela e paciência para encarar fluxo intenso das estradas
Uma pausa no ritmo acelerado de trabalho é, para muitos, razão para comemorar. Melhor ainda é compartilhar esse momento de descanso ao lado da família e amigos ou transformá-lo em uma viagem para se desconectar da rotina. Porém, antes de desfrutar do sossego, é preciso encarar um percurso pelas rodovias. Aos que vão estar atrás do volante no feriado prolongado de Páscoa, que começa nesta Sexta-feira Santa (14/04), é preciso cautela e paciência para enfrentar o movimento intenso das estradas.
Durante os quatro dias da Operação Semana Santa de 2016, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) estimou uma frota de 91.619.957 veículos em circulação. Embora o balanço do órgão tenha sido de 1.274 acidentes nas rodovias federais no período, o índice de óbitos e o de ocorrências graves foram reduzidos, respectivamente, em 18% e 44%, em comparação à mesma data de 2015. As ultrapassagens indevidas corresponderam a 20,6% das infrações registradas na operação da PRF, enquanto 100 condutores foram presos por dirigirem sob efeito alcoólico e 68,5 mil veículos foram autuados por trafegar acima da velocidade permitida.
Para o diretor da Perkons, empresa que atua na gestão de trânsito, Luiz Gustavo Campos, a prudência do motorista permanece como engrenagem crucial para diminuir esses episódios. Nesse sentido, conter os altos índices de acidentes também é repensar a associação errônea entre trânsito e velocidade. “É uma mudança de cultura que só é possível, sobretudo, com um forte trabalho de educação na formação de cidadãos mais conscientes, cuidadosos e respeitadores das leis do trânsito e da preservação da vida”, reforça.
Veja dicas de segurança para os pneus de seu veículo
Entre os itens que precisam passar por uma revisão estão os pneus. E para ajudar os motoristas nesta tarefa, a ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) reuniu algumas informações importantes sobre o assunto.
Como saber se está na hora trocar os pneus
Para ajudar os motoristas a identificar quando está na hora de trocar o pneu, existe um indicador que fica na própria banda de rodagem, a parte do pneu que entra em contato com o solo. A banda é onde está o "desenho" do pneu, como os motoristas costumam chamar. O indicador tem um nome que poucos conhecem, mas é muito simples de achar. Tecnicamente, ele é chamado de "Tread Wear Indicator" (TWI). É uma saliência de borracha com altura de 1,6 mm que é colocada dentro do sulco do pneu. Quando o desgaste do pneu atinge esse indicador, significa que já está no limite de segurança e é hora de trocá-lo.
O que fazer antes de pegar a estrada
Em primeiro lugar, o motorista deve checar se o pneu não está próximo da marca de 1,6 mm, como explicado no item acima. Se estiver, a troca deve ser providenciada antes da viagem. Vale considerar que se for uma viagem longa e o motorista verificar que o pneu está quase chegando na marca de segurança, mas ainda daria para rodar um pouco mais, o mais seguro é trocar antes da viagem para evitar que o pneu fique careca no meio do caminho. O motorista também não deve se esquecer do estepe. Ele tem que estar em boas condições e pronto para o uso no caso de necessidade de troca.
Como calibrar
Os pneus devem ser calibrados semanalmente de acordo com a indicação do manual do veículo e indicações do fabricante. Antes de viajar, certifique-se sempre que a pressão dos pneus esteja regulada. Se for uma longa viagem, com o veículo a plena carga, isto é, com condutor mais 3 ou 4 passageiros e bagagens, consulte novamente o Manual, pois conforme o veículo, a pressão dos pneus deverá ser aumentada ou poderá sofrer alterações dependendo se os pneus são dianteiros ou traseiros. Lembre-se que veículo com a pressão errada tem seu desempenho comprometido. A baixa pressão é especialmente nociva, pois torna a direção pesada, aumenta o consumo de combustível e o desgaste dos pneus. A pressão dever regulada com os pneus frios.
Balanceamento e alinhamento
O controle do balanceamento dos pneus e o alinhamento das rodas do veículo devem ser realizados a cada 10 mil quilômetros rodados, quando surgirem vibrações, na troca ou no conserto do pneu, quando o veículo sofrer impactos na suspensão, quando apresentar desgastes irregulares, quando forem substituídos componentes da suspensão ou quando o veículo estiver puxando para um lado.
Segurança na chuva
Chuva e pneu careca formam uma combinação perigosa. A aquaplanagem ocorre, por exemplo, quando a quantidade de água retida na área de contato entre pneu e pista supera a capacidade de escoamento dos sulcos da banda de rodagem do pneu. Forma-se então uma película de água entre o pneu e a pista e ocorre a perda do contato. Se os sulcos já estão gastos e o pneu está careca, a ocorrência de aquaplanagem é quase certa. Quanto menor a profundidade dos sulcos da banda de rodagem, maior a probabilidade de aquaplanagem em caso de fortes chuvas e em pistas de estradas com má ou irregular drenagem das águas pluviais. Com os pneus carecas o risco é gravíssimo. Portanto, é importante estar sempre com os pneus em ordem. E em caso de fortes chuvas, seja como for, por uma questão de segurança é sempre recomendável reduzir a velocidade.
Escolhendo o pneu adequado
Pneus de automóveis são desenvolvidos para fazer parte das características do automóvel, seja ele um veículo pequeno e econômico ou um esportivo de alto desempenho. Diferentes veículos, portanto, necessitam de pneus de concepções absolutamente diferentes e coerentes com as exigências de cada um. Para saber o pneu adequado para um veículo, o proprietário deve consultar o manual do veículo, onde o fabricante indica o tamanho ou os tamanhos de pneus adequados e seus índices de carga e velocidade.
Da redação