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Brasileiro está mais preocupado com refeição saudável, diz pesquisa

Proprietários de restaurantes percebem maior procura por alimentos saudáveis, segundo estudo do Datafolha encomendado pela ASSERT (Crédito: Reprodução)

Publicado em 17/06/2016

Verduras, legumes, frutas e sucos naturais estão fazendo mais sucesso no almoço do brasileiro. Esta é a percepção de proprietários e gerentes de restaurantes, bares, lanchonetes e padarias entrevistados para a Pesquisa ASSERT Preço Médio da Refeição 2016, que visitou 4.560 estabelecimentos de 51 cidades do País.

De acordo com os respondentes, 56% notaram que nos últimos dois anos os clientes estão preocupados ou muito preocupados em manter uma dieta equilibrada, com o consumo de frutas, verduras e legumes, sucos naturais, grãos e proteínas, enquanto apenas 17% atestam que os clientes estão pouco ou nada preocupados com o assunto.

Segundo 61% dos responsáveis pelos estabelecimentos, a procura por legumes e verduras aumentou nos últimos dois anos. No caso dos sucos naturais, 65% dos respondentes perceberam um acréscimo na demanda. As frutas também estão sendo mais buscadas do que antes, de acordo com 53% dos entrevistados.

Percepção dos restaurantes sobre o que é alimentação saudável

Preço, disponibilidade e aspectos culturais influenciam a oferta de alimentos nos restaurantes e também a percepção a respeito de quais são mais saudáveis. Segundo dados da pesquisa, verduras são os alimentos mais saudáveis oferecidos na opinião dos responsáveis pelos estabelecimentos. Em seguida, foram citados os legumes e os peixes. Os pescados foram mencionados com mais frequência nas cidades da região Norte do que nas outras regiões.

A dupla arroz e feijão continua forte na alimentação do brasileiro. De acordo com o estudo, 98% dos estabelecimentos consultados oferecem pratos com arroz, e 95% com feijão, cuja presença é um pouco menor nos restaurantes com sistemas executivo (83%) e à la carte (78%). A demanda por estes ingredientes se manteve estável nos últimos dois anos, de acordo com 57% dos responsáveis pelos estabelecimentos.

Prato Legal

Um dos objetivos da ASSERT – Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador – ao fazer a pesquisa anualmente é saber mais sobre os hábitos de consumo e a percepção do brasileiro sobre alimentação saudável para incentivar os restaurantes aoferecer cardápios mais equilibrados e adequados às exigências do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).

Uma das iniciativas da ASSERT foi a criação do programa Prato Legal, lançado no início de 2014.  Por meio dele, os estabelecimentos credenciados das empresas de alimentação e refeição convênio da entidade recebem suporte e informações de nutricionistas para elaboração de pratos e cardápios equilibrados, com sugestões de ingredientes e orientações de preparo.

O Prato Legal é gratuito para o estabelecimento e oferece conteúdo com dicas práticas de compras, armazenamento e preparo de alimentos para oferecer opções cada vez mais saudáveis, informações sobre como adequar as refeições às exigências do PAT e uma equipe de nutricionistas que responde dúvidas em até 48 horas. Os restaurantes participantes têm acesso a uma ferramenta para construir cardápios de almoço ou jantar que levem em consideração a sazonalidade, a regionalidade dos produtos e os grupos de alimentos. Por meio de informações e dicas, o Prato Legal também oferece orientação para cardápios de refeições menores, como o café da manhã. Para se cadastrar, é necessário ser credenciado a alguma das empresas de alimentação e refeição convênio da ASSERT e acessar o site www.pratolegal.com.br.

Metodologia

Para a edição de 2016 da pesquisa, o Datafolha entrevistou, entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, 4.560 estabelecimentos comerciais de 51 municípios brasileiros, sendo 23 capitais, distribuídos pelas cinco regiões geográficas do Brasil. Foram visitados restaurantes, bares, lanchonetes e padarias que oferecem refeições em prato, acomodação em mesa, e que aceitam pelo menos um tipo de vale-refeição. Nestas entrevistas, foram obtidos 5.436 preços de pratos, aos quais foi aplicada uma média ponderada para refletir a maior proporção de estabelecimentos do tipo autosserviço (por peso ou preço fixo) e comercial (prato feito simples) em relação a restaurantes com menu executivo ou serviço à la carte.

Da redação