Assembleia reage à crise dos jogos online em SC
O crescimento acelerado das apostas virtuais tem deixado um rastro preocupante em Santa Catarina. Cláudia, 71, aposentada, e Luan, 34, entregador — nomes fictícios — são exemplos de vítimas da dependência causada pelos jogos online. Ambos começaram de forma despretensiosa, fazendo pequenas apostas, mas acabaram afundados em dívidas, perdendo bens, economias e, principalmente, vínculos familiares. A trajetória, marcada pela ilusão do lucro fácil, reflete a face devastadora da ludopatia, o vício em jogos.
A situação vivida por Cláudia e Luan está longe de ser isolada. Relatos semelhantes surgem de diferentes faixas etárias e classes sociais, indicando um problema crescente. A compulsão, geralmente silenciosa, se instala aos poucos e, quando percebida, já compromete a saúde emocional e financeira da vítima. A escalada das perdas, somada à sensação de impotência, conduz muitos ao isolamento e à deterioração dos laços afetivos.
Preocupada com esse cenário, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC) discute atualmente três projetos de lei voltados ao tema. As propostas visam regulamentar o funcionamento das apostas virtuais no estado e estabelecer políticas de prevenção e tratamento para quem enfrenta o vício. O objetivo é proteger a população e impedir que mais catarinenses se tornem reféns de um sistema que, muitas vezes, favorece a compulsão.
O avanço das discussões parlamentares marca um passo importante diante da urgência do tema. A expectativa é que, com a criação de mecanismos legais, seja possível não apenas coibir abusos das plataformas de jogos online, mas também garantir assistência a quem já foi afetado. Para especialistas, o debate precisa envolver não só a regulação, mas também educação digital, campanhas de conscientização e estrutura de acolhimento psicológico.
As histórias de Cláudia e Luan não são apenas retratos individuais de sofrimento. Elas expõem uma realidade crescente que exige resposta imediata do poder público e da sociedade. A ludopatia, cada vez mais comum em tempos de acesso irrestrito à internet, precisa sair do silêncio e ganhar políticas públicas à altura do desafio.
Da redação
Fonte: RCN
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