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Após negociação e até confronto com indígenas, as comportas da barragem de José Boiteux foram fechadas

Na tarde deste domingo, 8, foi confirmado o fechamento das comportas da Barragem de José Boiteux (Foto:GESC)

Publicado em 08/10/2023

Para ajudar a conter o volume de água no Vale do Itajaí, uma das regiões mais castigadas pela enchente no estado, o governador Jorginho Mello confirmou na tarde deste domingo, 8, que as comportas da Barragem de José Boiteux estão fechadas. “É o momento de nos ajudarmos para proteger a vida das pessoas”, disse o governador em coletiva de imprensa, em Rio do Sul. O governador retornou neste domingo ao município que tem o maior número de desabrigados pelas cheias.

O fechamento das comportas da barragem contou com o apoio das Polícias Militar e Federal.

“Conseguimos concluir com sucesso a operação. Esta ação vai diminuir o nível do Rio Itajaí Açu, em Blumenau, minimizando o impacto das cheias. Seguimos monitorando o nível de chuvas na região e em todo o estado, A proteção das pessoas é a nossa prioridade”, ressaltou o governador.

A NEGOCIAÇÃO COM OS INDÍGENAS DA REGIÃO

O governador pontuou ainda que as negociações com a comunidade indígena do local começaram já na noite deste sábado, 7, e que todos os itens da pauta de reivindicação foram e serão atendidos pelo Governo do Estado.

“Enviamos tudo o que eles pediram, desde mais de 900 cestas básicas até uma ambulância que já está no posto da PM de José Boiteux, além disso, seguiremos investindo em melhorias de infraestrutura, principalmente, e de convivência social que aquela comunidade pede há mais de 20 anos”, enumera o governador.

De acordo com ele, a ação se soma a todo o trabalho já realizado pelo Governo do Estado, incluindo a prevenção com a emissão de alertas que permitiram às famílias e comerciantes se anteciparem e protegerem também seus patrimônios.

 

O CONFRONTO COM INDÍGENAS E O FECHAMENTO DAS COMPORTAS

 

A negociação para o fechamento foi realizada entre o governador Jorginho Mello e o cacique Setembrino Camlém, que fez alguns pedidos para a liberação da área. A partir do acordo, os policiais se deslocaram para o trabalho em campo.

Na noite de sábado, 7, o Batalhão de Choque, a Cavalaria e Pelotões da cidade do Vale do Itajaí se deslocou até a Barragem de José Boiteux com a missão de liberar da área, para que a equipe técnica da Defesa Civil do Estado pudesse avaliar a estrutura e posteriormente o fechamento das comportas.

A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), junto com a Polícia Federal, conseguiu a desocupação da Barragem de José Boiteux. O comandante-geral da PMSC, coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, explica que houve um confronto pontual, com um grupo pequeno de indígenas. Durante o confronto foram disparadas balas de borracha, que atingiram 3 indígenas do grupo que ocupava o local. O feridos foram encaminhados para hospital em Jose Boiteuax.

“Nós temos imagens que mostram o nosso efetivo chegando no local, conversando com o cacique e uma oficial de justiça lendo o documento. Até então uma desocupação vinha sendo feita pacificamente. Só mais ao final da operação que um pequeno grupo concentrado na casa de máquinas, onde os policiais precisavam entrar para fazer os reparos, resistiu a sair”, conta o comandante. A recusa dos indigenas em sair deve-se à preocupação de que a área da aldeia possa ser inundada com o fechamento das comportas. Apesar das promessas de ajuda para locomoção e abrigo por parte do goveno do estado, eles se mantinha irredutíveis. 

Segundo Pelozato, esse pequeno grupo ficou na casa das máquinas negociando com alguns policiais federais, mas negavam a desocupar o local.

“Eles tentaram tirar as armas dos policiais, tanto que o comandante da operação no local entrou em contato com o cacique para esclarecer essa situação. Dois indígenas identificaram o homem que atacou os policiais, e o cacique disse que chamaria a atenção dele, porque descumprir o que foi negociado. O que nós usamos, como forma de proteção, foi o armamento não letal. Temos um relatório e vamos esclarecer todo o ocorrido”

Da redação

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