Você sabia que os olhos também envelhecem?
Com o passar do tempo, o desgaste pode se apresentar com maior ou menor intensidade, dependendo da predisposição genética, hábitos de vida e doenças crônicas
O envelhecer é um processo natural do ser humano e, como o restante do corpo, com o passar do tempo, a estrutura ocular também apresenta sinais de envelhecimento. Essas modificações podem se apresentar com maior ou menor intensidade, dependendo da predisposição genética, hábitos de vida e doenças crônicas.
A Sociedade Catarinense de Oftalmologia (SCO) alerta que, a partir dos 40 anos, é essencial fazer o acompanhamento periódico com um médico oftalmologista para que um sintoma comum, como a visão borrada ou vista cansada, não possa estar escondendo um problema mais grave. O presidente da SCO, médico oftalmologista Ayrton Ramos destaca que manter uma alimentação equilibrada, acompanhada de atividades físicas e avaliações periódicas de um especialista são essenciais para o envelhecimento saudável dos olhos. “Doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial são muito prejudiciais à saúde ocular e podem gerar bastante desconforto ao paciente, por isso, o cuidado com os olhos é fundamental”.
Entre as principais doenças que se manifestam com o envelhecimento ocular, estão:
Presbiopia, também conhecida como vista cansada, aparece geralmente a partir dos 40 anos, quando o paciente apresenta dificuldade de enxergar objetos de perto. Esse problema ocorre devido o cristalino, que é a lente natural do olho para focalizar os objetos, vai perdendo a sua elasticidade. “Essa situação é facilmente corrigida, através de óculos de leitura, lentes de contato ou óculos multifocais”, diz Ramos.
Síndrome do olho seco é uma enfermidade ocular muito comum e que altera a produção da lágrima, causando o ressecamento dos olhos, cujo sintomas são olhos vermelhos, ardor e sensação de areia nos olhos. “Este problema, muitas vezes, é confundido com infecção ou alergia, por isso, a consulta a um especialista é importante para o diagnóstico e tratamento corretos”, observa o médico.
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Degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é a causa mais comum de perda da visão em indivíduos acima de 50 anos e ocorre na mácula, uma parte da retina responsável pela visão central. A doença é a segunda principal causa de cegueira, ficando atrás apenas da catarata, por isso, a importância do acompanhamento e tratamento adequados. “Existem tratamentos muito eficazes que conseguem barrar o avanço degenerativo e preservam a visão, desde que o paciente tenha o acompanhamento certo”, orienta o presidente da SCO.
A Catarata atinge o cristalino do olho, tornando-o mais opaco, gradativamente. A doença pode ser, em alguns casos, observada a olho nu, já que a pupila se torna esbranquiçada, nos estágios mais tardios do problema. A catarata é a principal causa de cegueira no mundo, mas que pode ser totalmente reversível através de cirurgia, independente do estágio em que se encontra.
Por fim, o Glaucoma, que é uma doença relacionada ao aumento da pressão do olho, e se não for tratada também pode levar à cegueira. “O glaucoma não tem cura, mas tem tratamento, que é feito com o uso de colírios ou nos casos mais graves a recomendação pela cirurgia. Ele ressalta que qualquer pessoa pode desenvolver a doença. Os principais fatores de risco são idade acima dos 40 anos, histórico familiar e raça negra.
Da redação
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