Saiba se usar shampoo a seco é uma boa ideia
A estação mais quente do ano está chegando e é claro que cabelos bonitos e sedosos são um desejo em comum de todas as mulheres. No entanto, a praticidade também é um pedido comum para as mulheres atarefadas e que querem fios saudáveis sem gastar muito do seu tempo.
A cientista expert em produtos e cuidados capilares, Jackeline Alecrim, deu dicas de como evitar cabelos com aspecto oleoso no verão, estação onde os cuidados capilares devem ser redobrados. Segundo ela, o shampoo a seco é uma maneira prática de dar volume e melhorar a aparência dos fios, porém, levanta questionamentos sobre os riscos e possíveis malefícios causados nos fios e no couro cabeludo.
“Os shampoos comuns apresentam a finalidade de higienizar os fios. Já o shampoo a seco não tem essa função, pois o que ele faz é mascarar a aparência oleosa dos fios. Então, podemos considerar como uma camuflagem ou maquiagem para os fios e, por isso, o nome shampoo não é o mais adequado para este tipo de produto, já que ele não remove sujidades, células mortas e nem poluentes, fazendo com que se acumulem nos fios e no couro cabeludo”, explica.
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A especialista destaca também que substâncias como amido de milho, gases derivados do petróleo e extrato de alga marrom, e outros componentes podem estar presentes em uma formulação de shampoo a seco. “Além da fragrância e outras substâncias usadas para reforçar o apelo comercial do produto, os principais componentes de uma formulação de shampoo a seco são substâncias como o amido de milho, que apresentam o poder de absorver a oleosidade dos fios. Outros ativos que apresentam essa propriedade também podem estar presentes, como é o caso de pó succinato, o octenil de alumínio e o extrato de alga marrom (ou Laminaria saccharina).
O álcool desnaturado também é um dos componentes deste tipo de formulação e é usado como solvente do amido de milho. De acordo com Jackeline, é o álcool que, ao evaporar, provoca aquela falsa sensação de refrescância no couro cabeludo durante a aplicação do produto. Para facilitar a dispersão e o contato do produto nos fios, gases como o butano, propano e o isobutano, derivados do petróleo, são usados para a formação do efeito aerossol.
De vez em quando
Então, segundo a especialista, nada de usar o shampoo a seco de maneira rotineira. “Em caso de uso eventual, apenas em uma situação de emergência em uma viagem ou compromisso inesperado onde a pessoa não tenha tempo hábil para lavar os fios (uma vez a cada dois ou três meses, o uso do shampoo a seco não trará grandes malefícios, apenas ressecamento nos fios e no couro cabeludo que pode ser facilmente revertido com o uso de produtos adequados”, alerta.
Outra informação importante para evitar danos é que os fios sejam lavados no máximo 24 horas após o uso do shampoo a seco, para evitar que as substâncias presentes neste tipo de formulação atuem nos fios e no couro cabeludo por um longo período, provocando dermatites, comprometimento da saúde e do equilíbrio do couro cabeludo, além de proliferação excessiva de microrganismos por causa da falta de higienização adequada.
“Além de evitar o uso frequente, jamais se deve adotar o shampoo a seco como uma substituição frequente do shampoo tradicional, já que isso provoca o acúmulo de células mortas, fungos e bactérias que podem desencadear problemas secundários que favorecem a queda de cabelo. Pacientes com distúrbios prévios como alopecia androgenética, caspa, dermatites, seborreia e psoríase costumam ser ainda mais suscetíveis”, finalizou.
Da redação
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