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Quando a menina deve começar a ir à (ao) ginecologista?
Antes considerado tabu, tema é importante e deve estar presente nos diálogos familiares, diz médica

Consulta é essencial para que a paciente receba as orientações do que é ou é não normal nessa fase (Foto: Internet/ Reprodução) **Clique para ampliar

Publicado em 17/03/2023

Conhecer nosso corpo e os sinais que ele nos dá é de extrema importância na construção de uma rotina saudável de prevenção a questões relacionadas à saúde. Os cuidados reprodutivos da mulher estão entre aqueles que devem ter início ainda na adolescência, após a menarca – primeira menstruação da jovem. Eles são essenciais para garantir que a mulher, em sua juventude e maturidade, acompanhe a saúde dos órgãos reprodutivos e os mantenha em bom funcionamento.

“No caso do aparelho reprodutivo, é importante que a mulher desde jovem conheça o seu, pois descuidos podem trazer implicações na saúde reprodutiva no futuro”, pontua a médica ginecologista Maria Clara Amaral.

Segundo ela, a menina deve começar a ir ao ginecologista a partir da primeira menstruação. Este encontro é importante para a criação de vínculo de confiança entre o médico e a jovem paciente, além dela receber as orientações do que é ou não é normal nessa fase. “O período para fazer a transição entre o pediatra e a (o) ginecologista é de até dois anos após a menarca. Antes, essa transição era tabu, mas hoje em dia está mais tranquila. Até porque há uma demanda das próprias mães, que se preocupam com a questão de a filha ter orientações na adolescência sobre contracepção e também sobre as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) que podem acarretar prejuízo na saúde reprodutiva do futuro”, explica Maria Clara.

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Conforme a ginecologista, é a partir do segundo ano da menstruação da jovem menina que é possível avaliar se os ciclos menstruais já estão regularizados e como são suas características. “A regularidade dos ciclos indica sobre a ovulação e isso diz muito sobre o corpo dessa menina/mulher e sobre seu sistema reprodutivo. As pacientes que não têm ciclos regulares devem ser observadas preventivamente, com o acompanhamento médico. Isso porque, caso futuramente queira engravidar, essa não regularidade da menstruação não tenha impacto sobre a questão ovulatória”, comenta.

Cólicas e secreções

Outra questão a ser observada é a cólica menstrual. De acordo com médica, ela é subvalorizada na maioria das vezes. “Muitas pessoas acreditam que ter cólica intensa durante a menstruação é normal, mas não é. Essas dores podem estar relacionadas à endometriose ou à adenomiose e estar atenta a esses sinais é importante”, explica.

Secreções vaginais alteradas, devem ser avaliadas, pois podem indicar algum tipo de infecção. Algumas bactérias como a clamídia e o gonococo podem levar a alterações e até mesmo obstrução nas tubas uterinas, podendo causar infertilidade futura. Segundo a médica da Origen BH, pacientes jovens, sexualmente ativas, devem, portanto, estar atentas às ISTs, recebendo do médico, informações sobre o uso de preservativos e a prática de sexo seguro. “Por isso, a ida à (ao) ginecologista uma vez por ano para controle e cuidado básico com o sistema reprodutivo é fundamental”, acrescenta Maria Clara.

Da redação

 

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