Como encarar os sinais do tempo?
Exercícios como musculação e caminhadas são essenciais para diminuir efeitos das mudanças, que ocorrem aos 40 e 60 anos
A sensação de que a idade pesa ao completarmos 40 anos é bastante comum. Rugas, cabelos brancos e dores nas articulações parecem surgir de uma só vez, afetando nossa rotina. E um estudo da Universidade de Stanford comprovou que isso não é apenas uma impressão. Nessa fase da vida, o corpo realmente passa por mudanças mais visíveis.
A pesquisa mostrou que esses sinais de envelhecimento ocorrem de forma mais intensa em momentos específicos, como aos 40 e 60 anos. Nessas idades, o corpo enfrenta alterações moleculares que tornam os efeitos do tempo mais evidentes, tanto na aparência quanto na saúde física.
No primeiro pico, aos 40 anos, as alterações são principalmente no metabolismo, que desacelera e torna mais difícil o processamento de substâncias como álcool e cafeína, além de mudanças nas células dos tecidos adiposos, que acumulam mais gordura, gerando maiores índices de colesterol e aumento de peso.
Mudanças no tecido conjuntivo da pele e dos músculos também marcam esse pico, causando, além do aparecimento de rugas, uma menor força muscular que pode dificultar práticas simples do dia a dia.
Aos 60 anos, um novo pico acentua essas mudanças, e causa alterações nas funções renais e cardiovasculares, que diminuem, afetando o fluxo sanguíneo, o que dificulta até o combate do corpo a doenças.
Apesar de parecerem assustadoras, essas conclusões não devem causar medo do envelhecimento. Na verdade, elas servem como um lembrete da importância de cuidar do corpo desde cedo para se preparar para essas mudanças.
De acordo com Bruno Silva, treinador da Smart Fit, a prática de musculação é fundamental para prevenir essa perda de força que começa aos 40 anos. “A perda de força é natural nessa idade, mas em um alguém que já é ativo, ela é menor, pois o músculo é mais forte e mais preparado para os movimentos do que em alguém sedentário”, explica.
Para as mudanças cardiovasculares e renais, que ocorrem aos 60 anos, uma boa alternativa é a prática de exercícios como corridas e caminhadas, já que ajudam o fluxo sanguíneo, auxiliando todo o corpo.
Com a chegada dessas idades, adaptar os treinos também é fundamental, especialmente na musculação, para evitar lesões. Segundo Bruno, “a perda de força deixa o corpo mais suscetível a lesões, por isso é importante focar em exercícios que trabalhem várias articulações e promovam o ganho de potência muscular.”
Envelhecer faz parte da vida, mas é possível atravessar essas fases com mais saúde e disposição com preparação e cuidados adequados,. A prática contínua de exercícios não só ajuda a preservar a qualidade de vida como também garante que o corpo esteja preparado para os desafios que o tempo pode trazer.
Da redação
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