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Coletiva com Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD.
Jornalistas de diversos veículos de comunicação participaram desta coletiva

Gilberto Kassab é. presidente nacional do PSD, e esteve em Florianópolis para participar do encontro regional do partido

Publicado em 01/08/2021
Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, esteve em Florianópolis na última sexta-feira (29) para participar  do encontro regional do partido no hotel Faial Prime Suítes, no Centro. Antes da reunião, concedeu uma entrevista coletiva à imprensa.
 
Na abertura da coletiva, Kassab levantou pontos importantes  como o atual protagonismo do seu partido, o PSD. Para ele, já no início da caminhada em SC,  o partido mostra ampla  vitalidade com pelo menos quatro fortes pré-candidatos ao governo do Estado:  o ex-governador Raimundo Colombo, o prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, Adelina Dal Pond, ex prefeita de São José, e o atual prefeito de Chapecó, João Rodrigues. Kassab citou também a importância de um embrião de aliança forte com DEM e PSDB para a chapa estadual e fez uma longa avaliação do cenário político nacional.
 
Na coletiva, Kassab, sem máscara, ladeado por Raimundo Colombo (E), Marlene Flenger, Adeliana Dal Pont, João Rodrigues e Napolão Bernardes (Foto II)
 
Confira o teor da coletiva de imprensa, que contou com a participação de jornalistas de vários veículos de comunicação do Estado: 
 
Pergunta: Qual tipo de apoio o PSD dá ao governo Bolsonaro, crítico ou do Centrão?
Kassab: Desde o primeiro dia, o PSD nunca apoiou o governo, mas isto não significa que sejamos contra o Brasil.  Bons projetos têm o nosso apoio. Por isso trazemos agora uma candidatura própria, mais ao centro, sem ódio, com um plano real de governo buscando a união do país. Já chega destes extremos.
 
P. O senador Rodrigo Pacheco, quando se filiar ao PSD, seria a opção do partido para a chapa presidencial ou há outra alternativa?
Kassab. Sim, é no senador Rodrigo Pacheco em quem depositamos toda nossa confiança, será nossa opção A, B ou C para a chapa nacional. Ele representa um sentimento de renovação na política, mas com experiência e visão nacional. É presidente do Senado, já foi deputado federal e presidente da CCJ, um cargo de muita relevância. Foi o senador mais votado por MG, e hoje é presidente do Congresso Nacional. Tem uma bagagem a ser considerada. Temos confiança que ele será um bom candidato à presidência. Alguém diferente das posições radicais atuais.
 
P.  Uma boa parte da população não é Bolsonaro nem Lula. Como o PSD pretende convencer essa população sobre o mérito do candidato Rodrigo Pacheco?
Kassab. Pelas nossas contas 50% dos eleitores brasileiro querem algo diferente dos extremos. Acreditamos que quando ele se apresentar ao eleitor vai conquistar votos. O Rodrigo Pacheco tem talento, foi eleito deputado, senador, ele conhece os problemas do Brasil.
 
P. Certo, presidente Kassab, ele conhece o Brasil, mas será que o Brasil conhece ele?
Kassab. Hoje em dia, está mais fácil com mídias sociais, e ainda assim ele não é qualquer um. Agora tem ampla visibilidade nos meios de comunicação, afinal é presidente do Congresso Nacional.
 
P. Presidente, no caso de uma eventual candidatura do senador Rodrigo Pacheco, com quem seria composta esta chapa ideal?
Kassab. Pela minha intuição, o presidente Bolsonaro está consolidado com o Republicanos, Partido Liberal e PP, já o Lula tem o PT, PSOL, PCdoB e PSB. Temos sobrando no meio o PSDB, que está com uma briga interna grande, o DEM, o MDB e nós, todos com pré-candidatos. No momento atual acredito que não seria adequado uma reflexão pública, e seria até desrespeitoso politicamente. Mas como falei anteriormente, o PSD vem robusto para 2022. Tem candidatos para disputar o  governo em 15  grandes estados. Para citar alguns, teremos candidatos em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espirito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Paraíba, Sergipe e Maranhão, entre outros. Nós nos preparamos. São 15 palanques de apoio ao candidato nacional. 
 
P. Para Santa Catarina, qual seria o critério do diretório nacional para escolha do candidato do partido?
Kassab. O PSD tem quadros tão relevantes aqui no estado de Santa Catarina que não há necessidade de estabelecermos qualquer critério da direção nacional.
 
P. Presidente, qual é a posição do partido sobre o voto impresso.
Kassab. Somos radicalmente contra. Isso é uma tentativa de já provocar uma confusão para as eleições do ano que vem. Um absurdo, nosso sistema é a prova de fraude. Ao longo de 25 anos de uso, nenhuma auditoria encontrou nada errado, em nenhum momento foi apresentada qualquer fragilidade do sistema. Alguns até na boa fé, mas muitos de má fé estão provocando um tema que não era nem pra se estar perdendo tempo com isso.
 
P. O PSD tem origem no PFL, partido de centro direita, mas que em 2014 apoiou Dilma Rouseff aqui em SC, passando aí a impressão de ser um partido de centro-esquerda. Procede esta análise?
Kassab. Não, o PFL era centro-direita, o PSD tem várias lideranças que vieram tanto de centro- direita como de centro- esquerda, fazendo com que ao longo destes anos o partido viesse se consolidando como um partido de centro. Nossa diferença é que somos um centro ideológico, e não um centro fisiológico. Nós somos centro, mas não é pra ser governo. Já que temos fortes raízes nos campos social, da educação, da saúde, e da segurança, assim como no campo da economia com seu viés liberal.
 
P. Já que o partido é um centro ideológico, em uma eleição polarizada, pelo que o senhor falou aqui, o partido jamais apoiaria o governo Bolsonaro, apoiaria o candidato de esquerda, o Lula, certo?
Kassab: Não, esta discussão não haverá. Eu aprendi em meus trinta anos de vida pública, se tem algo que não é politicamente correto é discutir o segundo turno quando se tem um candidato para o primeiro turno. Isso seria o “fim do mundo”. A nossa única discussão é candidatura própria e vitória. Nós vamos deixar para analisar as circunstâncias depois, não dá pra trabalhar com cenário de exclusão, afinal temos candidatos a governo em mais de 15 estados. Nós estamos para entrar na história. As pessoas, aqui no Brasil, tem uma tendência de se abalar pela primeiras pesquisas, mas isto muda. Eu mesmo quando fui candidato em São Paulo, comecei com 1%, o Geraldo (Alkmin) 30/40%, a Marta (Suplicy) tinha 20/30%. No final, quem foi eleito fui eu. O Rodrigo Pacheco vai crescer no ano que vem.
 
P. No âmbito estadual, a proposta politica dos quatro candidatos citados é muito diferente e até divergente, como equacionar este problema?
Kassab. Mesmo com diferenças acredito que quem for o escolhido terá o apoio dos outros. Divergência é normal, mas a boa política é a convergência. Infelizmente, na realidade a grande maioria dos partidos não trabalha para ocupar espaços, a grande maioria busca eleger deputados e para pleitear cargos, nós do PSD buscamos crescer para fazer a boa política, temos sinergia para isto.
 
P. Entre os problemas econômicos do país , quais os que o senhor considera mais relevantes?
Kassab. O principal problema hoje é a pandemia e os seus resultados. Um dos grandes problemas de amanhã é a falta de infraestrutura para atender as demandas pós-covid, principalmente no campo da energia. O mundo vai crescer muito, e vai crescer por que está parado. E o Brasil vai ter grandes dificuldade de acompanhar o crescimento dos outros países por falta de infraestrutura em ferrovias, rodovias e principalmente em energia. Isso sem entrar no campo do meio ambiente, da água, com a política de sustentabilidade, isto é qualidade de crescimento. Vale considerar também algumas sanções internacionais, por não estarmos sintonizados com o mundo no campo da sustentabilidade.
 
P. O que esperar da CPi da Covid, que volta esta semana?
Kassab. Esperamos que a CPI aponte caminhos, que aponte soluções para melhorar a eficiência no combate à pandemia, seja no presente seja no futuro, porque nós vamos conviver com o vírus por muitos e muitos anos. E caso sejam identificados malfeitos, os responsáveis sejam punidos exemplarmente.
 
P. Voltando ao que o senhor comentou, que poderia haver uma confusão nas eleições do ano que vem? Foi isso, certo? O senhor acha que isto é uma ameaça real? 
Kassab. Foi isso que comentei, confusão. Eu acho que há uma jogada maquiavélica por trás. Se não mudar o esquema haverá toda uma mobilização para convencer o cidadão de que houve fraude. Se mudar, a confusão será ainda maior, pior, porque duplicidade de apuração não leva a lugar algum. Se você conversar com qualquer caixa de banco e perguntar ao final do dia, quantas vezes ao longo do ano  houve discrepância entre a apuração eletrônica e o que ele tem em caixa (a humana)... O voto impresso na realidade é a duplicidade na apuração. Tem muito maquiavelismo, estão querendo manobrar o cidadão brasileiro. Precisamos ficar muito atentos. O sistema das urnas eletrônicas é seguro.
 
Da redação
 
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