Projeto une reinserção social e cuidado urbano
Reeducandos atuam o ano todo em cemitérios municipais, com direito à remuneração e redução de pena
Nos últimos meses, quem passou pelos cemitérios municipais de Florianópolis encontrou espaços mais limpos, organizados e bem cuidados. O resultado é fruto do Projeto Reconstruindo Vidas, desenvolvido pela Prefeitura em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri), que emprega reeducandos da Penitenciária de Florianópolis em serviços de manutenção e limpeza urbana.
Trabalho contínuo e oportunidade de recomeço
Até 25 reeducandos atuam nas equipes que mantêm em dia os cemitérios do Itacorubi, São Francisco de Assis e São Cristóvão, em Coqueiros — além de darem suporte à rede municipal que conta com 13 cemitérios. Pela primeira vez na história do Cemitério São Francisco de Assis, a limpeza e a preparação para o Dia de Finados foram garantidas inteiramente pelos participantes do projeto, sem necessidade das tradicionais forças-tarefa.
Segundo o secretário de Infraestrutura e Manutenção da Cidade, Rafael Hahne, a ação representa uma solução eficiente tanto para a cidade quanto para a reintegração social. “Entre tantas alternativas que utilizamos, esta é uma das que mais me orgulho, porque oferece uma nova chance a quem está concluindo o cumprimento da pena”, afirma.
Como funciona o projeto
A execução é coordenada pela Subsecretaria de Manutenção e Serviços, sob responsabilidade de Oscar Vasques Filho. Cada reeducando recebe um salário mínimo mensal, dividido entre despesas pessoais, poupança de reintegração e um fundo rotativo. Além disso, a cada três dias de trabalho, é concedido um dia de remissão da pena.
As atividades incluem poda de árvores, roçagem, pintura, limpeza, retirada de resíduos e manutenção de áreas externas, como calçadas e rodovias. Para o período de Finados, foram instaladas caixas estacionárias e sanitários móveis em todos os cemitérios municipais.
Cuidados com o ambiente e prevenção à dengue
A Prefeitura reforça o pedido para que as famílias colaborem com a limpeza dos túmulos, evitando o uso de recipientes que possam acumular água. Vasos e porta-velas devem conter furos, e embalagens plásticas precisam ser retiradas para impedir a proliferação do mosquito da dengue.
Apoio de penas alternativas
O trabalho de manutenção também recebe reforço de pessoas ligadas à Central de Penas e Medidas Alternativas (CPMA), que contribuem conforme a disponibilidade e aptidão. De acordo com Luiz Dorizete Pinto, chefe da Divisão de Logística do Departamento de Cemitérios e Central de Óbitos, essa colaboração tem sido essencial para zerar focos do mosquito, digitalizar registros e auxiliar nas atividades de sepultamento.
Manutenção constante e melhorias
O Cemitério São Francisco de Assis recebe manutenção contínua ao longo do ano, incluindo limpeza de quadras, poda de árvores e aplicação de pó de asfalto nas vias internas. Já o Cemitério São Cristóvão, em Coqueiros, passou por limpeza reforçada e reorganização do sistema de descarte de resíduos. Agora, o lixo é armazenado dentro do próprio cemitério e levado regularmente ao Centro de Valorização de Resíduos (CVR), no Itacorubi, evitando o descarte irregular nas ruas.
Com ações que unem gestão pública, reinserção social e cuidado urbano, o Projeto Reconstruindo Vidas transforma o que antes era um desafio de manutenção em uma experiência de reconstrução pessoal e coletiva — refletindo o compromisso da cidade com um futuro mais justo e sustentável.
Da redação
Fonte: PMF
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