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Maio tem inflação menor, mostra Índice de Custo de Vida da Udesc Esag

Maio tem inflação menor, mostra Índice de Custo de Vida da Udesc Esag
Combustíveis tiveram alta menor da gasolina e até redução do preço do etanol. Já o diesel teve alta de mais de 5% (Foto: Reprodução/Internet) **Clique na imagem para ampliar

Publicado em 03/06/2022

A inflação sentida pelas famílias de Florianópolis em maio foi bem mais baixa (0,36%) no que nos primeiros meses do ano, em parte ainda pelo efeito da redução nas tarifas de energia elétrica, por conta da mudança de bandeira tarifária. Sem esse efeito, a inflação do mês teria sido quase o dobro (0,69%), mas ainda assim menor que a de abril (0,97%).  

Como o índice de 0,36% em maio também foi bem menor do que o registrado no mesmo mês de 2021 (1,27%), a inflação acumulada em 12 meses caiu um ponto percentual e agora está em 10,71%. Nos cinco primeiros meses de 2022, no entanto, o índice acumulado já chega a 4,29%.

Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag).

Habitação  

Entre os grupos de preços pesquisados, o dos ligados à habitação (-1,84%) foram os que tiveram o maior impacto negativo no índice geral. E a razão é principalmente a redução nas tarifas de energia elétrica residencial (-11,77%), ainda provocada pela mudança na bandeira tarifária em 16 de abril.  

A bandeira é uma cobrança extra na conta de luz em tempos de escassez de água nos reservatórios das hidrelétricas. Com isso, a energia gerada por usinas térmicas (mais cara) tem participação maior, aumentando o custo de geração.  

Com a recuperação dos reservatórios, a bandeira tarifária foi reduzida para verde (eliminando a cobrança extra na conta). Como essa redução passou a valer no meio do mês, parte do efeito entrou no índice de abril e parte agora em maio.  

Transportes

Os preços ligados aos transportes continuam pressionando a inflação para cima, com alta de 1,36% (ainda que bem menor que os 2,82% de abril). As passagens aéreas tiveram o maio impacto nesse grupo em maio, com alta de 12,9%.  

Os combustíveis para automóveis subiram 1,1% (também menos que os 5,1% de abril). No caso do etanol, houve até redução (-0,8%). A gasolina subiu 1,3% e a alta do diesel chegou a 5,39% – mas ele tem impacto direto menor no consumo das famílias medido pelo ICV, comparado com o álcool e a gasolina.  

Alimentação  

No grupo Alimentação e Bebidas, o aumento geral foi de 0,71%. Mas essa alta foi quase toda concentrada nos preços das refeições consumidas fora de casa (1,69%). Na média, os alimentos comprados em supermercados e feita para consumo em casa ficaram praticamente estáveis (alta de 0,06%).  

Isso não quer dizer que não houve aumentos. A cebola, por exemplo, subiu mais de 30%. Por outro lado, houve redução nos preços de produtos como o tomate (-20,9%) e batata inglesa (-2,5%). A entrada de alguns produtos em período de safra contribuiu para reduzir preços.

Outros preços  

Além do grupo Habitação (-1,84%), houve pequenas quedas nos preços dos artigos de residência (-0,16%) e dos produtos e serviços ligados a Educação (0,26%). Houve aumento, além de alimentação e transportes, no vestuário (-0,33%), saúde e cuidados pessoais (0,75%), despesas pessoais (0,33%) e comunicação (0,14%).

Sobre o Índice de Custo de Vida

O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 31 de maio.

A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.

Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os boletins mensais (desde 2010) e as séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag. 

Da redação

 

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